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Debate visa dar visibilidade aos efeitos do encarceramento em massa no Brasil

O campus Realengo realizou o debate “Controle Neuroquímicos: Pílulas e injetáveis na prisão”. O evento contou com a presença dos convidados Fábio Mallart, doutorando em Sociologia pela USP, e Rafael Godoi, pós-doutorando em Sociologia também pela USP, e foi realizado no dia 26 de abril.

 

Os convidados dissertaram a respeito do tema ao explicarem como os medicamentos psiquiátricos são utilizados para diferentes finalidades no sistema prisional, como: obter maior controle sobre os corpos dos presidiários e a área carcerária; o uso da medicação como moeda de troca, estimulando assim, outros vícios; e as más condições de encarceramento que acabam produzindo sintomas psíquicos que antes do encarceramento não existiam. Também foram expostos casos em que a medicação é usada pelos próprios presos como uma alternativa para amenizar a pena, além de situações em que, mesmo rejeitando, os presidiários são obrigados a ingerir a medicação através de injeções aplicadas.

 

Em seguida, os convidados citaram os efeitos das políticas de encarceramento em massa no Brasil, e mostraram como o sistema prisional produz consequências dentro e fora da prisão, além de apresentarem como a prisão funciona como parte de outros mecanismos de controle. Foi citada também a relação entre pessoas que viram moradores de rua, de abrigos e de presídios e que, em muitos casos, as pessoas transitam entre os três ambientes.

 

“A palestra foi muito interessante para mim, pois estou desenvolvendo um projeto que lida com pessoas em situação de rua e encarceramento. Quero me aprofundar cada vez mais nesse tema que é tão complexo e que faz a sociedade vê-lo sempre de maneira muito simplista”, afirmou Mariana Loiola, estudante do 9º período do curso Bacharelado em Fisioterapia.

 

O debate foi organizado pelo LIEPS (Laboratório Interdisciplinar de Extensão e Pesquisa Social); em conjunto com a disciplina Corpo e Sociedade, ministrada pelo professor Fábio Araújo; e com os projetos de Extensão “Encontros em torno da prisão e de experiência carcerária: trocas, afetos e reflexões”, coordenado pelo professor Fábio Araújo, e o “Ocupa praça – articulações entre academia e comunidade local no uso do espaço público”, coordenado pela professora Cláudia Oliveira.

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