Ensino de programação no campus Niterói
O aluno Adriano Ramos mostra o jogo “Zul e o Dragão”, desenvolvido por ele
Alunos do curso de Formação Inicial e Continuada (FIC) de Desenvolvimento Web elaboraram 16 jogos baseados nos conteúdos ministrados em sala de aula, com o objetivo de exercitar os conceitos iniciais ligados às linguagens de programação. Os jogos fizeram parte do trabalho intermediário do curso e estão disponíveis aqui.
A atividade apresentada é uma alternativa para facilitar o ensino de programação. Luiz Felipe Oliveira, professor do curso, reconhece que é uma linguagem com a qual as pessoas não estão acostumadas, pois é mais rígida. “A programação é um tema fascinante, mas pode causar um espanto inicial, dependendo da forma como é apresentada”. Seguindo essa constatação, o primeiro trabalho apresentado pelos alunos segue a metodologia de programação em blocos, por meio da ferramenta Scratch, desenvolvida pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT). Esse recurso permite que os alunos trabalhem de forma mais natural com os elementos das linguagens de programação, visto que o formato geométrico das peças facilita a visualização dos possíveis encaixes que podem ser realizados.
A programação por meio de blocos digitais também fez parte do curso FIC Desenvolvimento de Aplicativos para Dispositivos Móveis de Sistema Operacional Android, anteriormente ministrado no campus. Os aplicativos eram construídos pelos alunos utilizando o App Inventor, outra tecnologia desenvolvida pelo MIT.
O professor destaca a importância da inclusão social e da democratização do acesso na realidade dos jovens, uma vez que a maioria apenas utiliza a tecnologia. “A educação pode exercer um papel transformador nessa trajetória, empoderando nossos jovens para que, além de utilizadores, eles sejam também produtores de tecnologia”, ressalta Luiz Felipe.
Jogos – O aluno Lucas Monteiro desenvolveu o jogo “Invaders IFRJ”, que consiste em uma nave espacial capaz de combater duas classes de fantasmas que estão tentando invadir o planeta Terra. No jogo, o aluno pôde exercitar diversos conceitos trabalhados em aula, como o uso de variáveis, comandos de laço, condicionais, coordenadas no plano cartesiano, funções para geração de números aleatórios, dentre outros.
O jogo “Turistando no Rio” tem o objetivo de separar os tipos de lixo para coleta seletiva e foi desenvolvido por Rita Ramos, que já trabalha com turismo sustentável. “Quis unir as duas coisas. Resolvi fazer um jogo que fosse um embrionário de algo nessa área. Agora é melhorar o projeto”, disse.
Adriano Ramos destaca que a plataforma permite ver o código que a pessoa utiliza na programação do jogo, o que possibilita trabalhar em conjunto, com troca de opiniões. No jogo “Zul e o Dragão”, ele escolheu dar vida ao personagem por meio da animação das asas do pássaro, personagem principal. Zul precisa recolher objetos que acumulam pontos, enquanto desvia de um obstáculo. “Acabei escolhendo as estrelas para gerar os pontos. Entre as várias opões de obstáculo, escolhi o dragão, porque ele tinha a interação de soltar fogo, e eu poderia fazer o segundo personagem animado também”, explica.