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Do laboratório de informática para as ruas

Os alunos Fernanda Barbosa, Filipe Rimes e Matheus Ribas e o professor, Luiz Felipe Oliveira.

Alunos do curso de Formação Inicial e Continuada (FIC) de Desenvolvimento Web, do campus Niterói, apresentaram em sala de aula um protótipo de um projeto de monitoramento em tempo real de fornecimento de água e luz.

Os alunos Fernanda Barbosa, Filipe Rimes e Matheus Ribas desenvolveram o trabalho final de curso “Tá caindo água/Tá com luz” agregando um conjunto de sensores integrados com um sistema web para verificação de abastecimento de energia elétrica e de água, cujo piloto está sendo testado em uma comunidade do bairro do Fonseca, em Niterói.

Com base numa plataforma de “internet das coisas” – que é a interação de aparelhos físicos com a internet –, o sistema web foi desenvolvido em parceria com a ComuREDE – rede comunitária, iniciativa do aluno Filipe Rimes, que leva atividades de makerspace (empreendedorismo social e tecnologia) à comunidade do Fonseca. O trabalho tem o objetivo de amenizar problemas cotidianos da comunidade por meio da tecnologia. Além disso, é acessível economicamente e fácil de acessar, sem a necessidade de pagar licença para utilização do serviço.

Na página online, que pode ser acessada por celular e computador, é informada a situação, em tempo real, sobre o fornecimento ou não de energia elétrica e de água. O serviço apresenta uma interface com dois botões coloridos que indicam com cores verde, um fluxo de água ou fornecimento de energia, e vermelha, um não funcionamento dos serviços de água e luz.

Filipe destaca a relevância desses dados dentro da periferia, uma vez que há quedas no fornecimento de água e energia elétrica. O concluinte ressalta, ainda, que o serviço será aprimorado: “Uma outra funcionalidade, que ficará pronta na próxima versão, é a produção de relatórios desses serviços, que podem levar a comunidade a cobrar qualidade da prestação de serviços por parte das empresas fornecedoras”. Além disso, o uso de placas solares também faz parte da implantação do projeto, que visa a estabelecer um sistema autônomo, sem necessidade de energia elétrica para seu funcionamento.

Como funciona

Os sensores, instalados no sistema de água encanada e em cabos de energia, monitoram e enviam para uma tabela no banco de dados online toda informação que é recebida. Uma vez que as informações são recebidas no banco de dados, a página acessa, verifica e atualiza o resultado na tela a cada 3 segundos, em média. Na página, os moradores podem se cadastrar e receber notificações.

 

Interface online sinaliza quando há variação no fornecimento de água e luz

O protótipo apresentado

Na sala de aula, os alunos representaram o sistema em escala reduzida, uma aproximação de como funcionará no Fonseca. Para a apresentação, utilizaram um Raspberry – microcomputador de baixo custo – e sensores para captar luz e corrente de água. O funcionamento ocorre da seguinte forma: ao abrir a torneira, o sensor sinaliza o fluxo de água, enviando a informação para o banco de dados, que é atualizado no site, indicando que “Tá caindo água”. Ao interromper esse fluxo – fechar a torneira, nesse caso –, o marcador fica vermelho. De forma semelhante, ao captar luminosidade, ou ausência de luz, o sensor transporta a informação, que é alterada no site.


Aluno simula as situações em sala de aula: Fluxo de água e Sensor luminoso

No caso que se aplicará no bairro, o sensor capta a corrente de água, mantendo o botão da interface online verde; havendo interrupção, o botão muda de cor. Quanto ao fornecimento de energia, será utilizado outro sensor, que ficará por fora do cabo de energia elétrica. Ele detecta o campo eletromagnético ao redor do cabo, averiguando a corrente de energia.

O professor Luiz Felipe Oliveira destaca a funcionalidade do sistema, seu papel social e o baixo custo, motivos pelos quais a proposta pode atender outras comunidades, além do bairro do Fonseca.

Dentro da programação do projeto, os concluintes ainda planejam compartilhar as informações com as pessoas da comunidade por meio de oficinas, para que os moradores tenham o poder de utilizar e dar continuidade ao sistema.

 

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