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Roda de conversa sobre o sistema prisional conscientiza alunos

participantes da roda de conversa posam para a foto

O campus Realengo recebeu, no dia 04 de julho, a “Roda de Conversa: Sistema Prisional no Brasil ”. O evento contou com a presença dos convidados Samuel Lourenço, egresso do sistema prisional e aluno do curso Gestão Pública para o Desenvolvimento Econômico e Social – UFRJ; e Patrícia de Oliveira, integrante do Mecanismo Estadual de Combate a Tortura, órgão vinculado a ALERJ.   

A roda de conversa ocorreu no horário da disciplina “Bioética” e foi organizada pelas alunas Carolina Andrade, Bárbara Cristina, Juliana Verdini e Juliana Valentim, estudantes do 8º período do curso Bacharelado em Fisioterapia. O evento contou com o apoio do Laboratório Interdisciplinar de Extensão e Pesquisa Social (LIEPS).

Na ocasião, a convidada Patrícia de Oliveira contou sobre sua experiência atuando na Rede de Comunidades e Movimentos Contra a Violência, relatou casos de abuso dentro das instituições penais e todos os desafios que a comissão de Direitos Humanos enfrenta para realizar fiscalizações. Patrícia ressaltou, durante sua fala, como o sistema prisional é precário e não atende às necessidades básicas do indivíduo, preconizadas por lei.

O convidado Samuel Lourenço expôs sua experiência dentro do sistema prisional e alertou para a necessidade de conscientização da sociedade sobre o assunto. “Há a necessidade de nós cidadãos criarmos a consciência de que o objetivo do sistema prisional é ressocializar o detento, porém não é essa realidade dentro dos presídios. A prisão é uma instituição que só fabrica medo e desesperança”.

Samuel ainda falou sobre os desafios para um ex-detento se reestabelecer fora do sistema prisional, ponderou sobre a importância de uma boa estrutura familiar nesse processo e denunciou casos de abuso, corrupção e descaso que ocorrem dentro dos presídios. Durante o evento, os alunos também puderam acrescentar seus pontos de vistas em relação ao assunto.

Acerca do depoimento de Samuel Lourenço, Patrick Souza, aluno do 8º período do curso Bacharelado em Fisioterapia, acrescenta: “Eu já tive a oportunidade de participar de um tribunal de júri e a fala do Samuel se encontrou com a experiência que eu tive. Eu percebi como é necessária uma argumentação mais embasada para tratar de um assunto tão complexo como o sistema prisional. O que mais vemos são pessoas utilizando juízo de valor para julgar um sistema que afeta a todos nós. Eu acredito que esse tipo de julgamento, além de precário, é perigoso”.

Carolina Andrade, aluna do curso Bacharelado em Fisioterapia e uma das organizadoras do evento, enfatiza que escolheram debater esse assunto por acreditarem na importância de entende-lo não só como alunos, mas como cidadãos. “A maioria das pessoas não têm nem ideia de como funciona o sistema prisional brasileiro. Por isso é importante ouvir depoimentos como o da Patrícia e do Samuel, pois eles nos trazem uma vivência aprofundada no assunto”.  

Sobre a escolha de um modelo mais dinâmico para discutir temas importantes para a sociedade, Carolina acrescenta: “Nós escolhemos o método roda de conversa, pois ele conta com uma perspectiva mais livre. As pessoas se sentem à vontade para retirar dúvidas e participar de verdade. Dessa forma, a gente consegue criar uma troca muito interessante para ambos os lados”, finalizou a estudante.

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