Logo IFRJ

Alunos do IFRJ conquistam medalhas de matemática na Tailândia

Grupo de seis pessoas no palco com medalhas, segurando bandeiras do Brasil e do Instituto Federal do Rio de Janeiro. Painel ao fundo diz "2025 ITMC". Eles estão sorrindo, celebrando uma conquista.

Todos os seis estudantes do Campus Rio de Janeiro que participaram do International Talent Mathematics Contest (ITMC), que aconteceu entre os dias 22 e 26/02/2025, em Bangkok, na Tailândia, foram premiados com medalhas na competição. 

Amanda Teixeira Corrêa (6º período de Química) recebeu medalha de prata na categoria 11 grade do High School; Lívia de Oliveira Rodrigues (3º período de Química) e Pedro Otávio da Silva Nóbrega (4º período de Biotecnologia) receberam medalhas de bronze no 10 grade do High School; Beatriz Coloia dos Santos (2º período de Farmácia) e João Victor Rocha Rosalba Pinto (2º período de Farmácia) conquistaram medalhas de bronze no 9 grade do High School; e Felipe Costa de Souza Santos (6º período de Química) recebeu medalha de honra ao mérito.

De acordo com a professora de matemática Taís de Sá Pereira, que acompanhou o grupo na competição e atua com olimpíadas de matemática no campus, o resultado superou as expectativas do grupo. “Por mais que a gente venha querendo a medalha, a gente nunca vai imaginar que vamos conseguir uma quantidade de medalhas assim, alta. Então a gente veio para correr atrás da medalha, mas também entendendo que eles já eram vencedores de estarem aqui, porque foram selecionados por meio de uma outra Olimpíada, onde eles obtiveram medalha, a Matemática sem Fronteiras. Claro que esperávamos ter algum bom resultado, porque são alunos muito bons, mas não sabíamos que a gente ia ter um resultado maravilhoso como foi. Foi excelente mesmo, eles mandaram muito bem!”, comemorou.

Ainda de acordo com a docente, a experiência para os estudantes é fantástica, pois é uma oportunidade de conhecer um outro país e de falar uma outra língua. “Eles têm se comunicado bastante aqui em inglês, eles estão adorando isso! Eles fazem questão de falar, às vezes alguma coisa assim que eu vou resolver, eles falam para deixá-los resolver, pois querem praticar o inglês. Estão fazendo questão também de aprender palavras em Thai, o idioma da Tailândia. É muito legal, eles param para conversar com as pessoas. Então está sendo uma experiência muito enriquecedora de maneira geral, culturalmente falando, não só na matemática”, enfatizou Taís.

A professora contou que, para ela, essa conquista também representa um marco na sua história como professora. “E eu acho que para a minha equipe de matemática também, porque eu acho que isso vai servir não só para a gente ganhar um status dentro da instituição, através da conquista de medalhas, mas vai servir para incentivar os outros estudantes a participarem desse tipo de concurso. A gente tem diversas olimpíadas que participamos, por exemplo, a OBMEP, que é a Olimpíada de Matemática das Escolas Públicas, na qual temos tradição de participar e ganhar medalha todo ano. Tem a própria Matemática Sem Fronteiras, que foi a que classificou para esse ITMC. Têm muitas outras que a gente participa e que abrem portas para os alunos que às vezes eles não conhecem, não sabem que é possível. Por exemplo: a própria OBMEP oferece para os medalhistas programas de iniciação científica”, lembrou.

Taís ainda destacou que essas oportunidades servem, também, para dar vez para aqueles alunos que se destacam na matemática, pois, às vezes, as escolas se preocupam mais com as pessoas que têm dificuldade, uma vez que a matemática tem um estigma de ser uma matéria difícil, em que as pessoas têm dificuldade. “E a gente esquece que às vezes tem uma galera que se interessa muito e tem facilidade naquilo ali. Então, é legal estimular essas pessoas. E assim, estimular de uma maneira geral, não só de participar das Olimpíadas, mas também de estudar a matemática, de aprender mais”, disse a professora, que completou ainda que o estímulo vai além da matemática: “Aqui eles tiveram que se comunicar em inglês o tempo todo, então eu tenho certeza que agora eles estão pensando em estudar mais inglês para que, em uma próxima oportunidade, consigam se comunicar ainda melhor. E a gente se deparou aqui com alguns estudantes também que não sabiam falar inglês tão bem e que estavam aqui dando o jeito deles. Certeza que essa competição vai ser um baita incentivo para eles correrem atrás disso. A gente sabe a importância de saber inglês no mundo de hoje”.

Outro ponto de destaque foi o fato de que a maioria dos alunos nunca tinha saído do país, e já na primeira oportunidade de viagem internacional, se viram indo para outro continente. “Uma menina nunca tinha andado de avião, foi a primeira vez. Essa oportunidade amplia a visão de mundo deles. Acho que tudo isso vai contribuir para que eles queiram cada vez mais da vida deles. Não só em competições de matemática. Mas pensar que eles podem aprender outros idiomas, podem conhecer novos lugares, conhecer novas culturas e novas pessoas. E isso acho que é o grande ganho que a gente tem de uma experiência como essa”, enfatizou Taís.

Além disso tudo, a docente também relembrou a projeção que participar destas competições traz para o IFRJ, uma vez que, ao divulgar a instituição, isso pode trazer novos alunos que vão se interessar em estudar no Instituto. 

E sobre um próximo passo, Taís contou que todos os medalhistas desta competição foram convidados para uma outra, que acontece no Japão, chamada AIMO. “Ainda não temos detalhes, porque o convite só vai ser enviado após o carnaval, mas já falaram para a gente que haverá esse convite. Os alunos estão muito animados para terem também essa experiência”, planejou.

A estudante Amanda, do 6º período de Química, disse que ficou muito surpresa quando anunciaram o seu nome como medalhista de prata, uma vez que a prova que fizeram foi bem difícil. “Demos o nosso melhor, a gente se esforçou pra caramba nos últimos meses e é muito gratificante a gente ver que deu um resultado tão bom. Por ser uma prova muito difícil, fomos para a premiação achando que, no máximo, tínhamos ganhado menção honrosa. Então, estarmos voltando com cinco medalhas e uma menção honrosa, foi uma conquista enorme, porque todo mundo saiu premiado. A gente tá muito feliz com a nossa conquista, porque vai abrir portas para muitas outras coisas na nossa vida. A gente sabe que têm várias universidades internacionais que prezam por essas competições, que já têm um olhar diferente para os alunos que ganham medalhas internacionais em Olimpíadas. Além disso, as pessoas olham diferente numa entrevista de emprego, numa oportunidade de pesquisa. Enfim, diversas portas vão se abrir para a gente por fontes dessa conquista, a gente tem noção disso”, ponderou.

Além do Brasil, que conquistou um total de 92 medalhas entre todas as instituições participantes, compareceram à competição alunos dos países: Vietnã, Filipinas, Tailândia, Arábia Saudita, Taiwan, Camboja e Indonésia. 

ACESSO À INFORMAÇÃO

INSTITUCIONAL

REITORIA

CURSOS

PROCESSO SELETIVO / CONCURSO

EDITAIS

ACADÊMICO

PESQUISA & INOVAÇÃO

CAMPI

CENTRAL DE CONTEÚDOS