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Campus São João de Meriti recebe ComCausa pelo Dia da Baixada e Dia Nacional da Mulher

O Campus São João de Meriti foi palco do Café no Ponto, um evento realizado no dia 30 de abril e que é uma ação especial promovida pela organização social ComCausa em alusão ao Dia da Baixada Fluminense e ao Dia Nacional da Mulher. A iniciativa foi proposta por Adriano Dias, fundador da ComCausa, e acolhida pela direção do campus.

Participaram também da atividade, Angélica Oliveira, da Casa de Direitos da Baixada (CDB) e a historiadora Ercília Coelho da pastoral Afro da igreja católica de São João de Meriti, ambas acompanhadas de representantes.

O evento reuniu estudantes, professores, lideranças comunitárias e representantes de movimentos sociais, como a Pastoral Afro e integrantes do programa Mulheres Mil, programa de capacitação profissional promovido pelo Ministério da educação e que é executado na unidade de São João de Meriti, em uma roda de conversa que abordou temas urgentes para o território e para a sociedade brasileira.

Identidade e visibilidade da Baixada Fluminense

Na primeira parte do encontro, foi resgatada a história do Dia da Baixada Fluminense, instituído pela Lei Estadual nº 3.822/2002. A data remete à criação do Fórum Cultural da Baixada, que há mais de duas décadas articula lideranças para fortalecer o reconhecimento político, social e cultural da região.

Violência de gênero em pauta

A segunda parte da atividade foi dedicada ao enfrentamento da violência contra a mulher, tema central no Dia Nacional da Mulher e de extrema relevância para a Baixada Fluminense.

Como destaque, foi evidenciado que  a Baixada Fluminense está entre as regiões com maior número de casos de violência de gênero e feminicídios no estado do Rio de Janeiro.

Do programa Mulheres Mil

O Programa Mulheres Mil tem como pilares estruturantes o respeito às diferenças constitutivas das mulheres e de suas interseccionalidades raciais, étnicas, de orientação sexual e de identidade de gênero, das pessoas com deficiência, geracionais, regionais e de territórios. Destaca-se, dessa forma, as mulheres pertencentes a grupos que sofreram injustiças históricas e sofrem impactos dessas injustiças praticadas no passado pela escravização como são as mulheres indígenas, negras (pretas e pardas) e quilombolas.

A violência cotidiana e invisível

Adriano Dias também compartilhou uma vivência pessoal recente, ocorrida em um bar de São João de Meriti, onde presenciou um homem visivelmente alcoolizado agindo com desrespeito em relação a mulheres presentes. “Foi mais um daqueles episódios que acontecem todos os dias, passam batido e são ignorados como se fossem normais. Essa banalização da violência é o que mantém o ciclo”, relatou. Segundo ele, situações como essa reforçam a urgência de iniciativas educativas e de conscientização.

A partir desse relato, foi lançada oficialmente a proposta de uma campanha de cartazes educativos sobre violência contra a mulher, que será desenvolvida em parceria entre o IFRJ e a ComCausa. A campanha deverá alcançar não apenas os espaços acadêmicos, mas também bares e estabelecimentos parceiros da cidade.

Além disso, o encontro resultou em uma proposta de realização de oficinas formativas em comunicação não violenta e jornalismo comunitário, voltadas a estudantes e docentes da unidade. A proposta será formalmente apresentada à direção do campus como desdobramento das reflexões levantadas durante o Café no Ponto.

Fortalecimento de parcerias

A ação reafirma o papel do IFRJ como espaço de construção cidadã e destaca a parceria com a ComCausa como modelo de articulação entre educação, cultura e direitos humanos na Baixada Fluminense.

imagem mostra uma sala com várias pessoas em pe e também algumas sentadas  segurando cada uma um cartaz sobre a violencia contra as mulheres. ao centro da imagem esta o diretor rodney sentado

 

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