Educação para jovens e adultos r(existe)

As especificidades da Educação para Jovens e Adultos (EJA) e a formação docente para o programa foram as principais pautas do II Encontro EJA do IFRJ. O evento, que ocorreu nos dias 30 e 31 de outubro, no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e no campus Nilópolis, tinha como objetivo ampliar o diálogo e as discussões sobre a modalidade entre professores, alunos e pesquisadores.

O encontro foi uma parceria com o Fórum EJA do Rio de Janeiro, um espaço de discussão, formação e luta pela Educação de Jovens e Adultos, que atua há 20 anos. A organização possui uma gestão colegiada e sobrevive da participação de pessoas que tenham interesse no tema. Sandra Viana, coordenadora do curso de Especialização em EJA do campus, explica como surgiu a iniciativa da parceria.

“O Fórum EJA tem uma plenária mensal que reúne diferentes segmentos envolvidos com a temática, todas as terceiras segundas-feiras de cada mês. Por isso, o curso de Especialização em EJA do IFRJ buscou a parceria neste evento, para somar forças com os demais educadores e educandos que militam pela EJA no Rio de Janeiro”, disse.

Além disso, o evento tinha como finalidade integrar o curso de Especialização em EJA do IFRJ com o curso Técnico de Nível Médio, na modalidade EJA, desenvolvido também no Instituto, nos campi Duque de Caxias, Maracanã e Nilópolis. E, para isso, contou com a participação de discentes e docentes do curso PROEJA na organização.

Palestras, comunicações orais, oficinas e mesas redondas compuseram a programação do encontro. No primeiro dia, realizado no IFCS – UFRJ, a professora Sonia Rummert, da Universidade Federal Fluminense (UFF), ministrou uma palestra a respeito das “Reflexões sobre o futuro da EJA”. A mesa foi mediada pela professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Ana Paula Mora.

Já no segundo dia, as atividades aconteceram no campus Nilópolis. Durante a oficina com tema “EJA é para todos”, que tinha a finalidade de compartilhar relatos e experiências dos formadores da modalidade, o professor Rony Leal ressaltou a importância da luta dos docentes.

“É importante que nós aproveitemos esse espaço acadêmico como um meio de compartilhar e problematizar. É interesse nosso, como EJA, fazer com que esse encontro seja um espaço de discussão política e de parceria para se pensar melhorias. O programa tem um viés acadêmico, mas é sobretudo um local de militância”, afirmou.

Além disso, o encontro contou lançamento de livros, que foi organizado pelo Projeto Brisa Literária e com a participação de ex-alunos do campus, que contaram sobre suas trajetórias e experiências durante a mesa de encerramento.