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Inclusão e sexualidade em pauta

 

Palestras, apresentações de vídeos e trabalhos acadêmicos marcaram o “II Fórum PET Sexualidade, Deficiência e Inclusão”, realizado dia 31 de janeiro, no Auditório do Instituto Benjamin Constant. O objetivo do evento, realizado pelo campus Realengo, foi promover uma ampla discussão entre acadêmicos, profissionais da saúde e educadores sobre os estereótipos, crenças errôneas e o discurso de ideias preconceituosas e limitantes a respeito da pessoa com deficiência.

A mesa de abertura contou com a presença da pró-reitora de Graduação do IFRJ Elizabeth Augustinho e da professora do campus Realengo Patrícia Schettert do Valle. Na ocasião, foram expostas as funções do Programa de Educação Tutorial (PET), que se destina a apoiar grupos de alunos dos cursos de Graduação das Instituições de Ensino Superior, desenvolvendo ações de Ensino, Pesquisa e Extensão, permitindo a eles uma formação mais global.

Em seguida, foram entregues aos alunos os certificados de conclusão do curso de Extensão em Sexualidade.

Após a entrega houve o início da Conferência: Sexualidade, Deficiência e Inclusão. Nela, a professora Ana Cláudia Maia, da Universidade Estadual Paulista (UNESP), frisou a importância da desmistificação de preconceitos sociais. “As pessoas pensam que a vida sexual dos deficientes é ruim e insatisfatória quando, na verdade, possíveis problemas estão, muitas vezes, mais ligados às questões sociais do que a própria deficiência”, afirmou.

 

PRIMEIRA MESA

A primeira mesa foi composta pelos professores Regina de Almeida, do Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES); Rodrigo Agrellos, do Instituto Benjamin Constant (IBC); e mediada pela professora Patrícia Schettert do Valle. O tema abordado foi “Educação em sexualidade para as pessoas com deficiência sensorial nas instituições de ensino”.

Posteriormente, foram iniciadas as palestras do evento. A primeira, intitulada “Educação em sexualidade para pessoas com deficiência intelectual”, contou com a explicação da professora Ana Cláudia Maia sobre os procedimentos básicos nos cuidados aos pacientes portadores da síndrome de Down. Também foram apresentadas histórias de pacientes Down que foram descobrindo seus corpos e hoje têm uma vida sexual ativa.

A segunda, “Aspectos psicossexuais da pessoa com deficiência”, foi ministrada pela Dra. Aline Sardinha, da Federação Brasileira de Terapias Cognitivas (FBTC). Ela explicou como promover práticas para melhorar a vida sexual dos portadores de deficiência física, além de reafirmar a importância de que ela seja ativa e satisfatória para a saúde física, autoestima e bom relacionamento conjugal.

SEGUNDA MESA

O tema da segunda mesa do evento foi “Vivenciando a inclusão e a sexualidade: Relatos da experiência de pessoas com deficiência”. O debate contou com a mediação da professora do campus Realengo Luciana Mamede; com a presença do Subsecretário da Pessoa com Deficiência de Japeri, Valnei Rosa; e de Elaine Dutra, que desempenha um trabalho de conscientização na Operação Lei Seca. Valnei e Elaine são paraplégicos e contaram suas trajetórias, desafios enfrentados, expectativas para o futuro e como conseguiram se reabilitar sexualmente após a lesão medular que sofreram.

 Próximo ao fim do II Fórum PET, a responsável pela fisioterapia pélvica da Clínica Saluteire, Mônicas Lopes, ministrou a terceira palestra intitulada “Abordagem da sexualidade ao paciente com lesão medular”.

No painel, houve a apresentação do trabalho das estudantes: Larissa Oliveira e Talita Ferreira, ambas do 6º período do curso Bacharelado em Terapia Ocupacional; Gabriela Araújo, do 6º período do curso Bacharelado em Fisioterapia; e Victória Medeiros, do 3º período do curso Bacharelado em Fisioterapia. O trabalho apresentado dissertava sobre a sexualidade, métodos de sensibilização por meio da percepção, o mito da infertilidade do deficiente físico e a importância do uso da camisinha e de anticoncepcionais.

“Precisamos aumentar o número de pessoas trabalhando com o tema da sexualidade, pois há poucos profissionais para um tema tão presente na vida do ser humano. Aprender sobre nossa própria sexualidade altera nossa visão de mundo. Espero que no futuro tenhamos mais profissionais com a gente nessa luta”, finalizou Patrícia Schettert, ao término do evento.

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