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Instituições Federais do Estado do Rio de Janeiro e CEVENB: uma parceria em busca da reparação

mesa da abertura

Reitor Paulo Assis participou da mesa de abertura

 

Reafirmar e fortalecer a parceria entre os Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABIs) das instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica no Estado do Rio de Janeiro e a Comissão Estadual da Verdade da Escravidão Negra no Brasil (CEVENB) da Ordem dos Advogados do Brasil/RJ (OAB/RJ), com vistas a contribuir com conteúdo e proposições de embasamento teórico e metodológico, além de material bibliográfico, a serem utilizados pela Comissão em suas atribuições. Esse foi o propósito do evento “Institutos Federais do Estado do Rio de Janeiro e a Comissão Estadual da Verdade da Escravidão Negra no Brasil: uma Parceria em busca da reparação”, realizado no dia 20/10, na sede da OAB/RJ, no Centro do Rio.

O reitor do IFRJ, Paulo Assis, integrou a mesa de abertura e, em sua fala, ressaltou a gravidade do momento que a sociedade brasileira passa, com regressões legais mediante aos esforços de combate à escravidão. Disse ainda que os IFs precisam fazer sua parte para auxiliar órgãos que lutam em prol dos direitos humanos. “Os NEABIs têm esse trabalho, de fazer um resgate da cultura e valorização dos povos indígenas e afro-brasileiros. Então é papel social dos institutos e nossa obrigação como servidores estarmos ao lado daqueles que efetivamente contribuíram para que o país se tornasse o que é hoje”, afirmou.

“Quando pensamos nesta parceria com os Institutos Federais, nosso entendimento foi que cada IF pode, em seu território, fazer pesquisas para resgatar heróis destas culturas, trazendo outros como Luís Gama, Esperança Garcia, à tona, jogando luz sobre a verdade da escravidão negra no Brasil”, explicou Humberto Adami, presidente da Comissão Nacional da Verdade da Escravidão Negra do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.

Imagem mostra auditório de trás, com pessoas da plateia aparecendo e mesa solene no fundo
Diversas pessoas compareceram ao evento para saber mais sobre a escravidão
negra no Brasil

A desembargadora aposentada Ivone Caetano, diretora de Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Brasil – seccional do Rio de Janeiro, enfatizou que o negro não pode esquecer seu passado de opressão e que o preconceito existe até hoje. “A questão da verdade sobre a escravidão não é só dos negros, pois toda a sociedade precisa ser abrangida nessa discussão. Mas principalmente os negros não podem deixar seu passado cair no esquecimento e precisam buscar a igualdade. Não se escondam, não se omitam de esclarecer aos demais quando algo for racista. Não tentando ser superior, mas mostrando que todos merecemos o mesmo tratamento”, destacou, dizendo ainda que o trabalho da Comissão é essencial, uma vez que a história do Brasil é contada de forma deturpada e que a dos negros nem é contada.

Participaram ainda da mesa de abertura o diretor do Centro de Pesquisa e Documentação da Ordem dos Advogados do Brasil – seccional do Rio de Janeiro, Aderson Bussinger; a presidente da Comissão da Verdade da Escravidão Negra da Ordem dos Advogados do Brasil – seccional Piauí, Maria Sueli Rodrigues; e a coordenadora do NEABI do campus Paracambi do IFRJ, membro da CEVENB e integrante da comissão organizadora do evento, Joyce Alves Rocha.

Programação

Componentes da mesa temática
Mesa temática abordou os desafios e as possibilidades da parceria entre IFs e a CEVENB

Após a solenidade de abertura, a programação teve continuidade com uma mesa temática, intitulada “Desafios e possibilidades da parceria entre os Institutos Federais e a CEVENB”, com a participação do presidente da Comissão Nacional da Verdade da Escravidão Negra do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Humberto Adami; da professora de História do Brasil integrante do Laboratório de História Oral e Imagem da Universidade Federal Fluminense (Labhoi/UFF), Hebe Mattos; da coordenadora do Laboratório de Estudos Africanos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LEÁFRICA/UFRJ), Mônica Lima; do pró-reitor de Extensão do IFRJ, Francisco Sobral; e do membro da Federação Nacional das Associações Quilombolas, Nelsinho Quilombola Moralle.

Em seguida, a professora Julieta Romeiro ministrou a palestra “Minha família, minha história: uma abordagem sociológica”, na qual contou a história de sua família e os percalços pelos quais passou durante anos de miscigenação.

Professora fala à frente de telão com slides
Professora Julieta Romeiro durante palestra

Fizeram parte da programação, ainda, apresentações culturais e comunicações orais de representantes dos NEABIs e grupos correlatos, que expuseram suas contribuições com vistas ao incentivo às buscas de pistas e provas da escravidão negra no Brasil.

Vale destacar a apresentação oral feita pela coordenadora Geral de Gênero e Diversidade do IFRJ, Márcia Guerra; e a participação da professora Jaqueline Jesus, do campus Belford Roxo, que atuou como cerimonialista do evento.

Professora Jaqueline fala em palanque
Professora Jaqueline Jesus foi cerimonialista do evento

 

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