Instituto Federal do Rio de Janeiro é finalista em premiação da WFCP

A Federação Mundial de Colleges e Institutos Politécnicos (WFCP), divulgou na sexta-feira (3/5), os finalistas do seu Prêmio de Excelência. O Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) é finalista em duas categorias e participa, ainda, numa terceira categoria com um projeto em parceria com o Conif. 

Na primeira categoria em que o IFRJ é finalista, de “Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, a professora Carmelita Gomes da Silva, do Campus São Gonçalo, desenvolveu o projeto QUIAMA, que apresenta como a química e a natureza podem coexistir de forma harmônica através dos princípios da Agroecologia. 

“Fiquei muito feliz com a indicação do projeto QUIAMA, pela direção do IFRJ campus São Gonçalo, ao prêmio WFCP. Esse prêmio é muito importante para todo o coletivo do projeto, alunos, professores, parceiros da comunidade de São Gonçalo, pois é muito mais do que reconhecimento. É poder divulgar para a sociedade um outro olhar sobre a química e a natureza. É poder mostrar como elas podem coexistir de forma harmônica através dos princípios da Agroecologia. Essa ciência que transforma não somente a maneira de fazer agricultura, mas busca levar educação, emancipação e transformação socioambiental para cada participante envolvido. O projeto ser indicado na categoria Objetivos do Desenvolvimento Sustentável é ainda mais satisfatório para a gente. Temos visto tantos desastres ambientais em decorrência das mudanças climáticas tão próximas de nós, como os do Rio Grande do Sul, que penso ser urgente a conscientização e ação de cada ser humano na mitigação desses efeitos. O meu objetivo sempre foi esse para o projeto QUIAMA, e ao entender melhor o que era extensão, pude conectá-la à minha missão de vida e ao meu amor pela natureza”, contou a docente, que ainda teve a ajuda da estudante Ohana Barros Diniz como bolsista do projeto de extensão.

“Receber a indicação ao prêmio WFCP como aluna bolsista do projeto QUIAMA foi uma experiência incrível. No ano passado, submetemos sem grandes expectativas, buscando apenas reconhecimento pelo nosso trabalho. Ao receber a notícia, senti uma imensa gratidão. É um reconhecimento do esforço e dedicação, e saber que estou contribuindo para que o projeto cresça e gere mais impacto é uma sensação de dever cumprido que me enche de felicidade”, afirmou Ohana.

O segundo projeto do IFRJ indicado como finalista na premiação da WFCP foi apresentado pelo professor Júlio Page de Castro, do Campus Duque de Caxias. Ele concorre na categoria “Desenvolvimento Profissional de Professores” com o desdobramento do programa “Professores para o Futuro”, um projeto multicampi, apresentado inicialmente na Finlândia, onde era proposta a implementação de um laboratório de um campus novo, criando ambientes tecnológicos e de aprendizagem.

“O projeto é o desdobramento do programa VET Teachers for the Future (Professores para o Futuro em português), um programa da Setec, que aconteceu em três turmas, 2014, 15 e 16. Fui da turma de 2015, onde nós tivemos que apresentar um projeto para ser desenvolvido na Finlândia, e, obviamente, depois continuado no Brasil, nos institutos, onde eu propunha a implementação de um laboratório, de um campus novo, então tem uma conexão com a expansão, com o fato da expansão ter tido essa necessidade dos campi novos criarem ambientes tecnológicos, criarem ambientes de aprendizagem, nas suas consolidações. E eu proponho isso por meio da criação de uma comunidade de aprendizagem, com professores de diferentes campi do IFRJ, trabalhando em cima de atividades experimentais e acelerando o processo de implementação de aulas práticas no Laboratório de Duque de Caxias, o Laboratório de Química Analítica Instrumental que a gente chama de Análise Instrumental, que é a disciplina que eu leciono. Então, a gente consegue ao mesmo tempo fazer uma formação inicial e continuada de professores e consegue fazer uma revisão e uma discussão pedagógica intensa e aprofundada de atividades experimentais e acelerar a implementação de um laboratório em um campus novo”, contou Julio Page. 

Ainda segundo o professor, o grupo trabalhou intensamente durante dois anos, com o apoio de uma pessoa da Finlândia para fazer a discussão pedagógica e mais teórica desse processo. “Não só tivemos o resultado prático, no dia-a-dia, da implementação do laboratório, da formação dos professores, da revisão dos protocolos de análise, os protocolos das aulas práticas, como a gente também, olhando pelo viés da pesquisa, juntamos tudo isso e escrevemos um artigo para o Journal of Professional and Vocational Education. Então, a gente internacionaliza com a Finlândia, a gente faz um grande projeto e uma grande parceria dentro do IFRJ, um projeto multicampi, com alguns campi do IFRJ, com esses três pilares, formação inicial e continuada docente, aceleração de implementação de um laboratório e revisão e aprofundamento de discussão pedagógica de atividades experimentais de uma disciplina. Foi realmente um processo muito bonito e culmina nessa indicação ao prêmio que realmente eu não tenho palavras”, completou.

Rodrigo Lemos, coordenador-geral de Relações Internacionais do IFRJ disse que está feliz em relação às indicações do IFRJ, mas que elas não são um surpresa: “Porque temos trabalhado para consolidar a marca da instituição no cenário internacional e estas indicações só corroboram que as estratégias e a forma que gerenciamos as ações têm dado certo", comemorou ele, que é também o proponente do projeto de criação do e-book “Vozes da Internacionalização: narrativas de estudantes e servidores(as) da educação profissional, científica e tecnológica”, desenvolvido pelo Conif e que concorre na categoria “Cidadania Global”. 

O projeto narra 82 histórias de egressos, discentes e servidores que viveram a internacionalização por meio dos Institutos Federais ao longo dos últimos 15 anos. A publicação foi feita pela editora do Instituto Federal Catarinense (IFC).

“Acreditávamos que a internacionalização tinha um grande impacto em nossas instituições, mas ver isso refletido nestes textos mostra que sua dimensão era ainda maior do que imaginávamos. A cada texto lido, sentimos a emoção de estarmos contribuindo para mudanças significativas na vida das pessoas", afirmou Rodrigo.

Com informações e imagem da Assessoria de Comunicação do Conif