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Tecnologia Assistiva é tema de palestra na Semana da Química

mesa de abertura composta por Lucília Carvalho, Antônio Amaro e Gilcilei Sales

Com o objetivo de promover a conscientização e a reflexão sobre a educação inclusiva, o campus Rio de Janeiro recebeu, no dia 18, palestra sobre tecnologia assistiva para deficiência visual. A atividade fez parte do terceiro dia da 37ª Semana da Química do campus.

A mesa de abertura foi composta por Lucília Carvalho, assistente social do campus e integrante do Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Específicas (NAPNE), e pelos palestrantes e deficientes visuais Antônio Amaro, servidor da prefeitura de Macaé, e Gilcilei Sales, professor de Matemática.

Amaro explicou que Tecnologia Assistiva (TA) é um termo ainda novo, utilizado para identificar todo o arsenal de recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e, consequentemente, promover uma vida independente e inclusiva. “Computadores, bengalas, smartphones com plataformas de áudio e cadeiras de rodas são exemplos de uma tecnologia assistiva”, disse.

O palestrante contou experiências e dificuldades que enfrentou como pessoa com deficiência. Hoje, após terminar duas faculdades, ele já tem duas pós-graduações no currículo. “É muito bom poder falar sobre minhas lutas e conquistas. Hoje luto para ajudar no reconhecimento de pessoas com deficiência. Temos que fazer acontecer com as leis que nos amparam”, afirmou.

Soroban

O professor de Matemática Gilcilei Sales explicou o conceito e a utilização do “Soroban”, instrumento para cálculos aritméticos – originalmente chinês e depois adaptado no Japão – que se tornou exemplo de tecnologia assistiva. O professor contou que, ao Brasil, o objeto chegou em 1908, com a vinda de imigrantes italianos.

Devido a uma retinose pigmentar – degeneração da retina –, Gilcilei perdeu sua visão gradualmente. Ele relatou como o equipamento o ajudou a reaprender cálculo. “O Soroban é uma tecnologia assistiva porque promove a funcionalidade e a independência do deficiente visual. Muitos não gostam ou não têm paciência para o instrumento, mas, depois que aprendi, valeu muito a pena”, disse o professor.

No fim da palestra, a assistente social Lucília Carvalho promoveu um debate para que alunos pudessem tirar suas dúvidas e os professores refletissem sobre como podem contribuir na educação dos estudantes com deficiência. “O aluno não tem que se adaptar à escola e sim a escola precisa criar insumos, recursos, mecanismos para o aluno desenvolver suas habilidades”, concluiu Lucília.


Professor Gilcilei explicando o uso do Soroban

 

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