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Alunas do ensino médio da rede pública são selecionadas para o programa Power4Girls

Dois projetos do IFRJ foram contemplados

Oitenta alunas do ensino médio da rede pública de ensino de todas as partes do Brasil foram selecionadas para participar, entre abril e setembro de 2023, do programa Power4Girls - Empower to Lead!. Dentre elas, dois projetos do IFRJ foram contemplados: “Escuta as Mina” e “Vitrine Digital”. O programa, uma iniciativa da Embaixada e Consulados dos Estados Unidos no Brasil, tem foco no empoderamento de meninas por meio de estratégias voltadas para o empreendedorismo, inovação, criatividade e liderança.  

“É sempre bom ver o IFRJ figurando nestes projetos de internacionalização. Ainda mais se tratando de temáticas tão relevantes como a proposta deste ano. Parabéns a todas as meninas do IFRJ e às suas tutorias, pela aprovação”, disse o coordenador-geral de Relações Internacionais do IFRJ, Rodrigo Lemos.

Durante o período do programa, divididas em equipes de quatro alunas, um(a) professor(a)-orientador(a) e um(a) mentor, as alunas vão participar de oficinas, palestras, webinars, atividades interativas on-line e se aprofundar nos temas de liderança, empoderamento e empreendedorismo feminino por meio da criatividade e inovação, desenvolvimento e gestão de projetos.  

O encerramento do programa será em Brasília, onde as participantes terão a oportunidade de apresentar seus projetos, receber os certificados de participação e fazer um pitch final em uma feira de inovação. Os três melhores projetos serão premiados.

O Power4Girls conta com a implementação do Instituto Gloria, que tem como foco o combate à violência de gênero, o apoio institucional do CONIF (Conselho Nacional de Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica), e inclui também a parceria de várias outras instituições do setor privado, que acreditam no poder e apoiam o empoderamento de mulheres e meninas. 

Projetos do IFRJ

O Projeto Vitrine Digital é do IFRJ Campus Niterói. O grupo, composto pela professora responsável Ana Carla de Souza Gomes dos Santos e pelas alunas Anita de Oliveira Fernandes, Júlia de Jesus Rangel, Maria Eduarda de Souza Costa e Maria Luísa da Silva Caetano, propõe a criação de uma plataforma digital para reunir em único local os serviços e produtos de empreendedores neuro-diversos e com deficiências cognitivas, assim ajudando pessoas que precisam de maior visibilidade no mercado e representam as minorias sociais, como negros, indígenas, pessoas transexuais, imigrantes, homossexuais, idosos e moradores de periferia.

A professora disse estar muito orgulhosa das alunas e de levarem o nome do IFRJ para este evento. "Acredito que a participação das meninas nos Power4Girls será um divisor de águas na carreira acadêmica e profissional delas. Teremos muito trabalho pela frente para desenvolver a plataforma e apresentar para os investidores em Brasília", afirmou Ana Carla.

A estudante Júlia agradeceu à tutora Ana Carla, por incentivar e ajudar em cada detalhe, e às suas parceiras de equipe, pela parceria, paciência e amizade. "Espero que essa oportunidade agregue muito conhecimento tanto para mim quanto para a minha equipe, e que projetos como esse e outros possam fazer a diferença na vida de muitas pessoas, principalmente para aqueles que sofrem algum tipo de preconceito e exclusão da sociedade, seja por qual motivo for", destacou.

"O tema do edital de 2023 tem grande importância, já que em nossa sociedade o preconceito e a descriminação ainda possuem raízes profundas. Então, é muito gratificante fazer parte desse projeto e tentar dar voz e oportunidades para as pessoas que são atingidas diariamente pela falta de inclusão social", afirmou Maria Eduarda.

A aluna Anita fez coro à colega e destacou que falta de visibilidade para a causa da acessibilidade e inclusão impacta diariamente muitas vidas: "E é por isso que reconheço a prioridade de agir em relação à exclusão desses grupos. Portanto, acredito que esse projeto trará uma grande contribuição no meu aprendizado para um dia conseguirmos ter um mundo melhor", disse.

Já Maria Luísa não escondeu a empolgação com a participação da equipe: "O programa é demais! Estamos em puro entusiasmo com tudo que está por vir e ainda mais em desenvolver nossa ideia, que esperamos pôr em prática com muito trabalho em equipe, diversão, dedicação e empoderamento feminino. Representar o IFRJ Campus Niterói e ainda por cima com um projeto que visa incluir, causar impacto positivo na sociedade e dar um acesso maior ao nosso público-alvo. Que incrível! Estou muito feliz em participar do Power4Girls e espero que passemos por momentos incríveis nessa jornada que ficarão em nossas memórias para sempre!", comemorou.

O segundo projeto do IFRJ selecionado no edital é do Campus São Gonçalo. O Escuta as Mina tem como professora responsável Flávia Turino Ferreira e foi idealizado pelas estudantes Gabriela da Silva de Paulo, Gabriela Madureira Souza, Gabriella de Oliveira Moura Sodré e Júlia Madureira Souza com a finalidade de produzir um aplicativo que auxiliará pessoas com deficiência visual do município de São Gonçalo a ter acesso ao transporte público com mais autonomia. O aplicativo, BusBlind, através de GPS sinalizará sonoramente quando o ônibus desejado estiver perto da parada, ao passo que guiará o passageiro informando local atual, tempo e distância até o destino escolhido. Trata-se de uma iniciativa de baixo custo que utilizará o comando de voz, incluído também no “Sinal Virtual”, onde o passageiro solicitará a parada do ônibus, alertando o motorista; exibindo a proximidade dos ônibus e localidade dos pontos no município com precisão.

As alunas idealizadoras da proposta declararam que estão bastante felizes, empolgadas e empenhadas com a seleção do projeto, pois acreditam que esta ideia será de grande ajuda na minimização das dificuldades de locomoção  das pessoas com deficiência visual, tendo em vista que é um direito básico e que contribui para o acesso a locais de educação, lazer, saúde, cultura e tantos outros.

Além disso, elas comentaram também a respeito do nome escolhido "Escuta as Mina" que além de remeter ao "carioquês", também faz menção às vozes das meninas e mulheres, principalmente dentro da ciência, que por muito tempo foram silenciadas. Agora, as integrantes da equipe sentem que finalmente as vozes delas e de tantas outras mulheres estão sendo ouvidas e que o "Escuta as Mina" nunca foi tão real.

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