Logo IFRJ

Canadá: diferenças e contribuições

Pessoas posam para foto no fechamento da Conferência do CICan 2017

Ruan Duarte Ramalho (segundo da direita para a esquerda) discursou durante o fechamento da Conferência do CICan 2017

 

Há oito meses em intercâmbio, alunos do IFRJ falam sobre suas experiências no país norte-americano

Oito meses já se passaram desde que os estudantes Ruan Duarte Ramalho e Leon Custódio Marques de Almeida – do curso Superior de Tecnologia (CST) em Jogos Digitais oferecido no campus Eng. Paulo de Frontin – embarcaram para o Canadá rumo a uma experiência de mobilidade acadêmica resultante do convênio entre o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (CONIF) e a entidade Colleges and Institutes Canada (CICan).

Aluno do terceiro período do CST em Jogos Digitais, Ruan foi selecionado para uma das vagas disponibilizadas para alunos que desejavam estudar em inglês e aceito no curso de Videogame Design and Development (Projeto e desenvolvimento de jogos digitais) da Fanshawe College, localizada na cidade de London. Segundo ele, o curso lá é voltado para disciplinas que envolvem diretamente artes e game design e possui professores muito capacitados, normalmente ligados à indústria de jogos. Ainda de acordo com o estudante, um ponto interessante é a maneira como a produção e o rendimento dos alunos é abordado. “Dificilmente precisamos fazer alguma prova teórica e a quantidade de trabalhos durante um período é bem maior quando comparado aos cursos que já fiz no Brasil. Dessa forma, os alunos são incentivados a produzir muito mais e, se por um lado a carga de trabalho aumenta, por outro os alunos terminam o curso com uma grande quantidade de conteúdo produzido e ficam expostos a diversas oportunidades de avaliação”, pondera Ruan.

O discente explica ainda que tem participado do desenvolvimento de diversos projetos, tanto em 2D quanto em 3D, e também de trabalhos escritos. Outras realizações durante a experiência têm sido as participações em eventos: ele destaca a ocasião em que teve que fazer um discurso sobre a experiência de viver e estudar fora do seu país no fechamento da Conferência do CICan 2017. “Foi algo bem rápido, mas muito emocionante. Fiquei muito feliz pela oportunidade porque sentia que não estava ali apenas por mim. Tenho certeza que fiz o melhor que pude. Dificilmente eu fico nervoso em situações como essa, mas a verdade é que nunca existiu para mim uma situação como essa!”, brinca, lembrando que estavam presentes o ministro do Comércio Internacional do Canadá, François-Philippe Champagne; a presidente do CICan, Denise Amyot; delegações de 15 países; além de outros convidados como políticos, diretores de colleges, entre outros.

Ao retornar ao IFRJ, Ruan acredita que poderá contribuir para o curso de Jogos Digitais e para o campus Paulo de Frontin demonstrando técnicas e a utilização de programas com os quais o campus não está habituado. “Além disso, imagino que poderei contribuir com meu testemunho sobre como é viver fora de nosso país, longe daqueles que amamos, conscientizando sobre os desafios – e as coisas boas, claro – dessa empreitada”, ressaltou.

 

No lado francês do Canadá

Ao contrário do colega de curso, Leon, que cursa o quarto período do CST, foi contemplado pelo programa para estudar em francês e garantiu sua vaga na Collège Communautaire du Nouveau-Brunswick em Bathurst. Lá, é aluno do curso de Programmation et application mobiles (Programação e aplicativos para dispositivos móveis).

Leon afirma que o collège é muito bem organizado e administrado e, apesar de ser público (lá normalmente o ensino superior é privado), possui uma ótima reputação: os alunos quase sempre saem empregados. O curso acontece nos períodos da manhã e da tarde. “É bem intensivo, com trabalhos e avaliações toda semana. O ensino é ótimo, os professores têm experiência na área e seguem um plano de aula detalhado e transparente. As avaliações seguem o mesmo padrão”, diz.

O estudante conta ainda que participou de alguns eventos de empreendedorismo, que são comuns na região. Dentre eles, o Éveil PME, onde conquistou o segundo lugar, junto com a amiga brasileira Camila Chagas, num concurso de ideia de empresa, levando para casa um prêmio de 600 dólares a ser repartido pela dupla.

Também teve dois empregos temporários: foi selecionado pela empresa Educode para lecionar um curso pós-classe de programação para crianças de 10 a 14 anos; e durante as férias de julho, lecionará numa colônia de férias pela mesma empresa. Ao mesmo tempo, participou de um projeto no collège, onde criou material didático para projetos de robótica junto aos professores do seu curso.

“Vivi experiências extraordinárias e conheci pessoas e lugares inimagináveis. Fiz amigos que terei muita dificuldade de deixar para trás. Acredito que todas essas experiências, e as que ainda estão por vir, são a melhor contribuição que posso dar para o meu curso, para o IFRJ e para os meus amigos. Se uma dessas vivências e observações se transmutar em benefício alheio, tudo terá valido a pena”, conclui Leon.

ACESSO À INFORMAÇÃO

INSTITUCIONAL

REITORIA

CURSOS

PROCESSO SELETIVO / CONCURSO

EDITAIS

ACADÊMICO

PESQUISA & INOVAÇÃO

CAMPI

CENTRAL DE CONTEÚDOS