Coldir aprova suspensão do Calendário Acadêmico do IFRJ
Durante a reunião, os dirigentes expuseram os motivos pelos quais acreditavam que a suspensão era a melhor atitude a ser tomada pela instituição. 14 diretores e 5 pró-reitores votaram pela suspensão, tendo havido apenas uma abstenção, do campus Resende.
“Alguns diretores pontuaram questões como a insegurança, principalmente em relação ao movimento ser muito pequeno nos campi. Além disso, os alunos estavam usando o Riocard durante esse período e, se a gente for repor as aulas durante as férias, eles já teriam gasto as passagens nesse período e não teriam gratuidade”, contou o pró-reitor substituto de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico, Clenilson de Sousa Júnior, que destacou ainda que algumas atividades de Ensino, Pesquisa e Extensão serão mantidas em funcionamento, como a Clínica-Escola do Campus Realengo, por ser destinada ao atendimento à população.
Igor Valpassos, pró-reitor de Planejamento e Administração, também falou que os diretores alegaram a questão da segurança no campus porque, com a greve, e diminuição de fluxo de pessoas agravou a questão de possíveis assaltos, com muitas áreas desertas. Segundo ele, os dirigentes também pontuaram a questão da padronização dos procedimentos no âmbito do instituto: “Porque tem campus que tem aula em algumas disciplinas e em outras não está tendo aula, e isso gera uma insegurança tanto nos servidores, em relação às questões jurídicas, quanto dos próprios estudantes em relação ao que fazer. Outro ponto abordado foi em relação à padronização das avaliações, pois com o calendário ativo, isso permitiria aos docentes realizarem avaliações. O que cria uma situação de discrepância, porque tem aluno sendo colocado para fazer avaliações, enquanto outros estudantes não estão fazendo avaliações, o que gera uma situação de desigualdade na instituição. Por esses motivos, tanto do ponto de vista de gestão acadêmica quanto de gestão patrimonial, da segurança e gestões locais, se entendeu necessária a suspensão do calendário”, enfatizou.
“Essa decisão vai ao encontro também do que foi pactuado pelos gestores do IFRJ no protocolo de intenções com o comando central de greve em reuniões realizadas nas últimas semanas, onde a garantia da reposição das aulas aos estudantes permite a devida suspensão”, lembrou o pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação, Marcus Vinicius Pereira.
De acordo com o artigo 11 do estatuto do IFRJ, compete ao Colégio de Dirigentes apreciar e recomendar o calendário de referência anual da instituição.
A questão da suspensão do calendário acadêmico tem sido objeto de discussão nos principais fóruns colegiados e entre o corpo técnico do IFRJ desde o início da greve dos servidores em 03 de abril. É importante ressaltar que a legislação brasileira exige que, após o término da greve, os servidores garantam a reposição de conteúdo e dias de aulas para não prejudicar a formação dos estudantes. Esse compromisso foi assumido pela gestão do IFRJ em todas as suas unidades.
A definição da quantidade de dias a serem suspensos do calendário está sujeita à conclusão da greve pelas categorias de representação sindical dos servidores e à contagem dos dias de paralisação. A portaria de suspensão do calendário será emitida em breve, conforme os trâmites legais estabelecidos pelo IFRJ. Para obter mais informações, os estudantes podem entrar em contato com a Direção de Ensino do Campus ou com as Pró-reitorias.