Logo IFRJ

Curso de extensão discute a presença indígena no Brasil

auditório lotado do campus Volta Redonda

O campus Volta Redonda promoverá o curso de extensão “A Presença Indígena no Brasil: Reflexões, Abordagens e Subsídios para a Educação Básica” entre os dias 17 de abril e 27 de junho, toda terça-feira, das 14h30 às 16h30. O curso é gratuito, direcionado a professores da educação básica, alunos de graduação em Licenciaturas ou Pedagogia e estudantes do Ensino Médio das redes pública e privada.

O principal objetivo do curso é contribuir para a consolidação do ensino das culturas dos povos indígenas na educação básica. O curso contará, ainda, com um trabalho de conclusão que será desenvolvido e apresentado pelos professores e graduandos inscritos, com participação de alunos do Ensino Médio. É pautado pelo planejamento de experiências pedagógicas aplicáveis a distintos contextos de ensino-aprendizagem, visando construir conhecimentos acerca das diferentes realidades indígenas do país.

O professor da unidade e coordenador do curso, Ivan Doro, afirmou que é necessário o debate desses assuntos, já que se trata de uma demanda histórica dos povos e movimentos indígenas do Brasil, bem como uma reivindicação constante em mais de três décadas. “É um debate reivindicado pelas próprias lideranças indígenas, como uma via para se superar a invisibilidade, o silenciamento e a ocultação do indígena nas práticas e nos espaços escolares”, frisou Ivan.

Aula Inaugural

O seminário “A presença indígena no Brasil”, com exibição do documentário “Pisa Ligeiro” dirigido por Bruno de Oliveira, deu início ao diálogo a respeito da temática do curso, no dia 13 de abril. A palestra de Antônio Lima, professor titular do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), abordou a problemática transversal dos povos indígenas e apresentou um panorama histórico dos movimentos e povos indígenas do Brasil.

Segundo Antônio, os índios são desvalorizados socialmente e juridicamente. Nas décadas de 1970 e 1980 foi a época em que isso começou a mudar com o processo de luta pelos direitos, vigentes atualmente. “A melhor maneira de educar os alunos sobre essa temática é expondo-os sistematicamente, através das disciplinas de Geografia e História, primordialmente, para mostrar que o Brasil não foi feito por um colonizador que encontrou os índios. A presença indígena no Brasil é primordial para a compreensão de como o brasileiro vive. A primeira coisa a ser feita é entender que essa problemática é transversal e que revela muito a respeito do Brasil”, falou.

Para ele, a educação – seja básica, fundamental, tecnológica, ou superior – de qualidade tem o compromisso de dar bases de conhecimento para que as pessoas possam, como cidadãs, pensar melhor na sua participação nessa coletividade política. 

O cineasta e diretor do documentário compartilhou que o produto foi resultado de uma série de estudos e pesquisas, realizados pelo Museu Nacional, para abordar questões relacionadas às lutas pelos direitos e representatividade indígena em diferentes estados brasileiros. O documentário apresenta estratégias de luta que orientaram o movimento indígena brasileiro após a constituição de 1988.

“Em 1988, a partir da mudança na constituição brasileira, o status do indígena mudou, eles ganharam uma cidadania plena e passaram a ter direto de se organizar, buscar seus direitos e seus atendimentos de educação, saúde, dentre outros. Em 1998, começamos a registrar esses movimentos. Em 2003 e 2004, resolvemos fazer um filme nacional e a partir disso começamos a produzir o documentário”, explicou Bruno.

ACESSO À INFORMAÇÃO

INSTITUCIONAL

REITORIA

CURSOS

PROCESSO SELETIVO / CONCURSO

EDITAIS

ACADÊMICO

PESQUISA & INOVAÇÃO

CAMPI

CENTRAL DE CONTEÚDOS