Por fim, Maurício falou sobre a Rede ANIRES – Arranjo de Agências e Núcleos de Inovação Tecnológica do Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo e ressaltou a importância de as instituições compartilharem expertise em inovação, algo que é tendência na sociedade.
Jefferson Manhães fez uma apresentação em que falou das transformações do ensino técnico ao longo do tempo, do nascimento e crescimento da Rede Federal e do reconhecimento da formação profissional no país. Ao falar de inovação, Manhães destacou que ela é um fator que agrega uma série de valores na formação dos estudantes, que acabam revertendo em prol não apenas da sua vida, mas para toda a sociedade.
Um destaque apontado por Manhães é o Polo de Inovação Campos dos Goytacazes, uma das cinco propostas aprovadas em toda a Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, em 2015, na Chamada Pública da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).
O Polo Embrapii do IFFluminense é uma Unidade composta por laboratórios onde são desenvolvidas ações de pesquisa, desenvolvimento e inovação na área de Tecnologias para Produção Mais Limpa, com foco em Eficiência Energética e Fontes Renováveis de Energia; Redução, Tratamento e Reaproveitamento de Resíduos e Uso Racional de Recursos Hídricos.
A unidade também é responsável pela formação de recursos humanos, programa de capacitação desenvolvido na sede do Centro de Referência do IFFluminense para profissionais das empresas parceiras, servidores e estudantes, responsáveis pela execução dos projetos. O programa visa a atender não só as demandas por capacitação técnica e de gestão atuais como a longo prazo, ampliando, dessa forma, as possibilidades do Polo de atender as solicitações das indústrias.
Jefferson também chamou a atenção para os Hubs de inovação, espaços físicos nos quais startups podem colocar em prática as suas ideias inovadoras. Pelos hubs passam investidores e grandes empresas, interessados em descobrir novos negócios, seja para investir em uma ideia rentável ou para resolver problemas internos que possuam. Esses hubs existem em diversas unidades, como IFSC, IFSUL DEMINAS, IFES, IFCE etc. "Queremos produzir e disseminar conhecimento, ampliando cada vez mais uma fantástica rede de inovação que não para de nos surpreender".
Rafael Almada falou sobre a iniciativa do IFRJ em fazer da Rio Innovation Week uma oportunidade para discutir inovação no sentido mais abrangente, em responder a quem pergunta 'onde se encaixa a inovação no ambiente da educação?'.
O reitor costuma dizer que o IFRJ tem a inovação em seu DNA, afinal, de acordo com a Lei que instituiu a Rede de Institutos Federais (IF), eles devem, dentre outras ações, desenvolver programas de extensão e de divulgação científica e tecnológica, realizar e estimular a pesquisa aplicada, o empreendedorismo, o cooperativismo e o desenvolvimento científico e tecnológico, além de promover a produção, o desenvolvimento e a transferência de tecnologias sociais. Dessa forma, o incentivo à inovação se dá no fomento à pesquisa aplicada por meio de programas e editais próprios, viabiliza e apoia a Acordos de Cooperação e Parcerias com o setor produtivo e outras ações que tenham intuito de Inovação, e zela pela manutenção da política de inovação institucional atuando na proteção à propriedade intelectual, no incentivo à transferência de tecnologia e na disseminação da cultura de inovação por meio de eventos e capacitação. A gestão da Inovação no IFRJ é feita
Diretoria da Agência de Inovação (DIRAGI) da Pró-Reitoria de Pós-graduação, Pesquisa e Inovação (PROPPI).
Rafael disse que "Inovação é algo que se faz a partir da necessidade, por isso precisamos entender que é preciso avançar sempre, procurar fazer o melhor possível, potencializar nossas ações", e
falou sobre os campi e disse que a inovação está presente em cada um, de uma forma ou de outra, citando como exemplo a Automação Industrial e Robótica em Volta Redonda e o LISComp - Laboratório de Instrumentação e Simulação Computacional Científicas Aplicadas, de Paracambi. E para quem quer inovar com o IFRJ, um bom começo é conhecer o
Portal Integra onde é possivel conhecer o currículo dos servidores, as tecnologias disponíveis para transferência e os laboratórios e ambientes promotores de inovação e empreendedorismo do IFRJ
Ana Paula Giraux iniciou sua participação se questionando onde o Colégio Pedro II poderia se situar, diante dos exemplos anteriores, quando o assunto é inovação. " E eu me dei conta de que a inovação sempre esteve presente no colégio Pedro II, desde sua concepção, em 1837. Uma instituição que cuida da educação infantil à pós-graduação, com uma formação voltada para uma educação inclusiva. "Fomos o primeiro colégio Secundário Oficial do Brasil, instituímos o sistema de sorteio de vagas, o que nos afasta de um pecha elitista e anacrônica e abre oportunidades para todos. Queremos enaltecer nossa história sim, não pensar em algo a ser contemplado como relíquia, e sim reconhecido pela suas conquistas, pois nosso compromisso com a educação é unir passado, trajetória e futuro", disse. O Pedro II possui um centro de Documentação e Memória, um espaço de pesquisa, divulgação científica e preservação da história.
Ana Paula falou que, mais do que nunca a humanidade precisa de uma inteligência nova, de uma formação que humanize, e por isso a maior inovação do colégio Pedro II são seus alunos e alunas. "Criamos metodologias, produtos educacionais em nossas pós-graduações, nossas especializações e mestrados acadêmicos e profissionais. Investimos em projetos e grupos de pesquisa que integrem verdadeiramente aeducação básica à pesquisa aplicada".
Para incluir, o PEDRO II, possui núcleos de atendimento para pessoas com necessidades específicas (NAPNEs). Para respeitar, o colégio busca construir junto à comunidade escolar uma educação antiracista, de combate ao machismo estrutural e toda as formas de preconceito. "Somos diversos e inovar é poder celebrar essa diversidade", concluiu a reitora.