Discentes premiados na Feira Brasileira de Jovens Cientistas
Três projetos desenvolvidos por alunos do Campus Rio de Janeiro do IFRJ foram premiados na Feira Brasileira de Jovens Cientistas, que aconteceu no dia 27 de junho. A FBJC é a primeira feira científica totalmente virtual para estudantes de ensino médio do Brasil. Os projetos foram motivados pela Semana da Química, evento que ocorre anualmente, reunindo alunos que apresentam seus trabalhos desenvolvidos na escola à comunidade local.
O projeto “Do natural ao essencial: estudo comparativo dos métodos de extração dos óleos essenciais das espécies de Citrus latifolia e Zingiberofficinale e avaliação da atividade antibacteriana” ao final da feira obteve o 2º lugar em Ciências Exatas e da Terra, teve orientação das professoras Renata Rianelli e Marcia Val Springer e foi desenvolvido pelos estudantes Luísa Kroeff, Ana Júlia Mendes e André Avellar.
Luísa, que cursa o Técnico em Química, contou que a grande inspiração para a escolha do tema foi uma professora que possui uma doença autoimune no intestino e, por isso, não pode usar medicamentos sintéticos, fazendo uso de óleos essenciais. A estudante falou ainda da dificuldade em ter um trabalho apresentado virtualmente. “Vimos nessa feira uma grande oportunidade, já que poderíamos alcançar um público maior do que em feiras presenciais. Ao mesmo tempo, esse foi nosso maior desafio, pois tivemos que apresentar o projeto com gravações, slides e em plataformas ao vivo, uma forma de apresentação completamente diferente para nós”.
O outro projeto premiado foi “Estudo do efeito tóxico ou terapêutico da Quercetina na doença de parkinson” e que também conquistou o 2º lugar na categoria Ciências Biológicas e da Saúde. Com orientação do professor Eduardo Cerqueira e elaborado pelos alunos Caio Berdeville, Felipe Gomes e Lucas Alves.
Caio, estudante do sétimo período do curso Técnico de Biotecnologia, explicou a importância do trabalho, que no aspecto social trata-se de uma oportunidade de promover uma melhora na qualidade de vida de parte da população. Pois, os resultados indicam que a quercetina é possivelmente tóxica a esses pacientes. “Além disso, no campo profissional, é uma maneira de entrarmos em contato de forma mais profunda com o método científico, rotinas de laboratório e a capacitação para realizar determinados ensaios e técnicas não abordadas no currículo técnico”.
O terceiro projeto premiado na feira falou sobre “Cascas da jabuticaba: Alternativa terapêutica à saúde da pele” ficando em 3º lugar na categoria Ciências Biológicas e da Saúde e desenvolvido pelos alunos: Ana Carolina Pereira, Ana Maria Lourenço e Lucas Dutra. Sob orientação da professora, Marcela Coutinho.
Ana Carolina estudante do curso Técnico em Farmácia contou que os trabalhos tiveram início em abril de 2019. “O trabalho serviu para que saíssemos da nossa zona de conforto, para colocarmos em prática o que aprendemos na teoria durante as aulas”, acrescentando ainda que o projeto ajudou em outras áreas do conhecimento, como a oratória e na independência para ter mais responsabilidade e caminhar sozinhos buscando informações.
O professor de química, e um dos orientadores dos projetos, Eduardo Cerqueira, falou ainda da importância do evento, que além de estimular jovens cientistas na área da pesquisa, também possibilita uma maior interação e troca de conhecimentos. “É fundamental para o campus ter reconhecida sua excelência na execução da tríade ensino, pesquisa e extensão, que foi fundamental para que estes alunos tivessem a oportunidade de se descobrirem pesquisadores e divulgadores da ciência, mesmo em momentos difíceis de cortes orçamentários e desvalorização da educação e da pesquisa nacional”, finalizou.
A foto a seguir foi realizada 26/10/2019 (dia da premiação da Semana da Química de 2019).
Colaboração: Fernanda Monteiro