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Encontro das Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas Populares (ITCP) da Região Sudeste

As equipes da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP) do Campus Realengo e da Incubadora Tecnológica de Economia Solidária do IFRJ (ITES) do Campus Niterói se mobilizaram para participar do Encontro Regional das ITCPs da região sudeste, realizado no dia 29 de setembro de 2020. O objetivo do encontro foi fortalecer o diálogo entre as Incubadoras da região e prepará-las para a participação no Encontro Nacional da Rede de ITCPs, que se realizará em outubro.

As ITCPs ou ITES atuam para fortalecer e apoiar as iniciativas de economia solidária no âmbito econômico, produtivo, tecnológico, político e cultural, em especial junto de trabalhadores/as em situação de vulnerabilidade social. Essas iniciativas acadêmicas integram ensino, pesquisa e extensão e têm como prática a promoção da interação entre o meio escolar com os grupos de trabalhadores por meio de trocas de conhecimentos práticos e teóricos, também transformando internamente as instituições escolares, aproximando-as dos interesses, desejos e necessidades dos setores populares.

Atualmente, existem mais de 100 ITCPs/ITES pelo país, contribuindo com a construção da economia solidária, que se caracteriza como um movimento social que luta pela mudança da sociedade, tendo como base a democratização da economia por meio da produção e reprodução da vida de forma justa, solidária, autogestionária e sustentável.

A economia solidária também se constitui como uma estratégia de geração de trabalho e renda para superar a pobreza e a exclusão social com a socialização do trabalho, dos saberes  e das decisões, tendo como eixo central a administração democrática de suas iniciativas.

 No encontro da região sudeste, realizado de forma online através do aplicativo Google Meet, participaram mais de 90 integrantes das diversas Incubadoras da região, como  Instituições Federais: de São Paulo: USP, Unicamp e Unesp, de Minas Gerais: UFAL, UFJF e UFOP, do Rio de Janeiro: UFRJ, IFRJ, Cefet, UENF e UFF.

Os coordenadores regionais fizeram uma contextualização histórica da formação da Rede de ITCPs, que iniciou seus trabalhos em 1999, e a primeira delas foi formada no Rio de Janeiro, na UFRJ. Em seguida, foram apresentados os resultados de uma pesquisa realizada sobre a atuação das incubadoras da região sudeste, no qual pôde-se mapear diversos aspectos, como: a composição dos integrantes, as relações com os movimentos sociais e os desafios enfrentados.

Na segunda parte do encontro, os participantes foram divididos em grupos de trabalho onde foi discutido, entre outros temas, os efeitos da crise das políticas de ciência e tecnologia direcionadas à economia solidária e os desafios para consolidar o trabalho e a organização em rede. Nos grupos de debate, também foi abordado quais as contribuições que a economia solidária pode oferecer para a atual crise socioeconômica decorrente da pandemia do coronavírus.

 Segundo Neli Almeida, coordenadora da ITCP do Campus Realengo e representante do Rio de Janeiro na Coordenação Nacional da Rede de ITCPs, o atual contexto socioeconômico exige que sejam pensadas "as condições para se ter um futuro, por meio de práticas econômicas que respeitem a vida em todas as suas formas".

 Etiane Araldi e Lígia Bensadon, coordenadoras da ITES do Campus Niterói, enfatizaram a importância desses espaços de articulação, como forma de fortalecer uma atuação em rede no território e apoiar a constituição de novas incubadoras, como é o caso da incubadora do Campus Niterói, que iniciou sua implantação em 2019, por meio de um projeto de extensão aprovado no Edital de Extensão N 01/2019.

 O encontro também contou com a participação de estudantes integrantes das incubadoras, que têm se organizado via Rede Jovens de ITCPs e Economia Solidária. Lara Novis, estudante da ITES Campus Niterói, afirmou que o encontro foi muito importante para ampliar seus conhecimentos acerca do movimento de economia solidária e a motivação para fazer parte dele.

 Como apontamentos para o Encontro Nacional, a plenária final indicou a importância do protagonismo dos movimentos sociais nessa pauta, o apoio das incubadoras à constituição de fóruns de economia solidária nos municípios da região, bem como junto das políticas públicas, a curricularização da extensão visando ao fortalecimento da perspectiva da economia solidária na formação de estudantes universitários e dos Institutos Federais, entre outros aspectos.

 

 

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