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Experiências sobre a Curricularização na Rede Federal

A segunda mesa do Webinário “Curricularização da Extensão – Percursos para extensionalizar o currículo” aconteceu na tarde desta segunda-feira (17/05) e discutiu as “Experiências sobre a Curricularização na Rede Federal”. O evento teve transmissão pela página oficial do IFRJ no YouTube e contou com a participação de mais de 150 pessoas, simultaneamente.

Foram convidados para debater o tema: Francimeire Sales de Souza (IFRR); Tomé de Pádua (IFSC); e Renato Tannure (Ifes). A mediação foi feita pela pró-reitora de Ensino do IFRJ, Alessandra Ciambarella. O evento foi traduzido em Libras pelas intérpretes Cristiane Vieira e Priscilla Ramos.

Francimeire Sales de Souza iniciou a mesa agradecendo o convite para compartilhar a experiência do IFRR. Ela falou um pouco mais sobre o Instituto, que possui cinco campi, e sobre o trabalho de extensão realizado por eles, inclusive com os países que fazem fronteira com Roraima. Também explicou sobre os instrumentos para os registros das atividades curriculares de extensão. “Fazemos o registro por meio de três formas principais: da documentação dos programas, projetos, cursos, oficinas, eventos e prestação de serviços; do relatório dos estudantes, que traz a síntese das atividades desenvolvidas, os aspectos positivos, os resultados e a avaliação; e do relatório docente, com indicadores de extensão como docentes e estudantes envolvidos e público atendido”, contou.

Em seguida, Tomé de Pádua explicou que relataria sua experiência a partir de seu trabalho de mestrado, cuja tese foi desenvolvida entrevistando coordenações dos cursos do IFSC. Segundo ele, muitas pessoas que entrevistou enxergavam a Extensão como “caridade”, como uma parte da instituição que atenderia a comunidade, mas com uma visão assistencialista. “Foi preciso todo um trabalho interno do Instituto para desconstruir essa visão e conscientizar da importância da Extensão dentro da instituição e do porquê era preciso incluí-la no currículo”, afirmou.

Tomé explicou, ainda, como é pensada a Extensão dentro do IFSC, de acordo com regulamento institucional, e como implantaram a Extensão no currículo, dividindo os horários de extensão como carga horária equivalente a uma disciplina. “No currículo do aluno já têm horas reservadas para as atividades de extensão. Colocamos professores responsáveis por acompanhar essas atividades e validar essa carga horária”, contou. 

Ele disse ainda que, no IFSC, algumas atividades de extensão podem, por exemplo, ser assimiladas como estágio na carga horária de alguns cursos. “O IFSC incentiva a pensar em projetos de extensão que tenham algumas atividades que podem ser validadas como estágio. É importante entender que estágio não é extensão. Mas, respaldado pela lei de estágio, caso o projeto do curso preveja isso, essa equivalência pode ser feita. Em alguns desses casos, prevê”, explicou.

A tese de mestrado do Tomé, com a experiência documentada a partir da realidade do IFSC, foi transformada num livro que está disponível gratuitamente para download neste link.

O terceiro convidado a falar foi Renato Tannure, do IFES. Ele propôs uma reflexão mais teórica sobre a questão: "A primeira coisa que precisamos reconhecer é que a extensão é uma forma de produzir conhecimento. Não pode haver distinção dentro das instituições entre quem faz extensão e quem faz as demais áreas. A extensão é fundamental para o ensino e também pode servir como instrumento para pesquisa. As três áreas estão interligadas.”

Renato defendeu ainda que as pesquisas de interesse da comunidade não sejam feitas apenas no momento de propor um novo curso, mas que sejam contínuas para identificar os interesse para outras ações específicas, inclusive as de extensão. E que o perfil desejado dos estudantes e dos egressos seja levado em consideração na hora de decidir que atividades de extensão seriam incluídas no currículo. 

Após o pronunciamento dos convidados, a pró-reitora de Ensino do IFRJ, Alessandra Ciambarella agradeceu a todos por compartilharem suas experiências: “A ordem das falas ficou excelente, porque partimos de dois estudos de caso para uma reflexão mais profunda e ampla sobre a Extensão. Hoje eu sou do Ensino, mas venho da Extensão. É muito importante refletir sobre a inclusão e a didática da Extensão, pois ela também é parte da construção do ensino e do saber”, destacou.

Ao final das falas, os convidados responderam os questionamentos dos espectadores da mesa.

Confira aqui a discussão na íntegra.

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