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Formatura da primeira turma do curso de Formação Inicial em Cuidador de Idoso Integrado ao Ensino Médio (EJA)

Curso é iniciativa pioneira no IFRJ, integrando o Ensino Médio a um curso FIC e diminuindo tempo de formação sem perder qualidade

A primeira turma do curso de Formação Inicial em Cuidador de Idoso Integrado ao Ensino Médio (EJA) do Campus São Gonçalo concluiu, recentemente, o curso que se iniciou em 2022, tendo duração de 2 anos. A formatura ocorreu no dia 29 de fevereiro e 18 alunos concluíram o curso.

Esta ação de integrar um curso FIC ao ensino médio foi inédita no IFRJ. Inicialmente, o curso de Cuidador de Idosos era ofertado como FIC (Formação Inicial e Continuada) no IFRJ, como parte do Programa Mulheres Mil. O curso gerou uma enorme procura no campus, o que chamou a atenção da gestão da época para consolidar essa modalidade. Antes, os cursos técnicos integrados do EJA duravam 3 anos. Agora, surgiu a possibilidade de o aluno concluir o ensino médio em 2 anos. O professor Anderson Rocha da Silva, na época diretor de Ensino do campus, acredita que essa estrutura impactou positivamente o curso.

“Os estudantes da Educação de Jovens e Adultos carregam diferentes histórias e trajetos e são diversas as razões para que eles tenham deixado o ensino regular. Pesquisas educacionais recentes apontam que as vantagens oferecidas pelo curso (como empregabilidade) e o tempo de formação impactam na escolha da EJA para retomada dos estudos por esse público. Neste contexto, ao oferecermos o curso FIC integrado ao ensino médio, conseguimos diminuir o tempo de formação sem afetar a qualidade e torná-lo mais atrativo ao público da EJA”, explicou Anderson.

O professor ressaltou, ainda, que o curso foi aprovado pelo Conselho Acadêmico do Ensino Técnico (CAET), e lembrou da visita guiada que realizou, de forma virtual, durante a pandemia de COVID-19: “Eu estive no campus com o celular em mãos e em reunião ordinária do referido conselho. Subi e desci rampas, abri portas, mostrei salas e laboratórios para que os conselheiros tivessem a certeza de que era possível para o campus São Gonçalo ofertar esse curso”, disse.

Além disso, Anderson explicou a importância do curso no IFRJ, tendo em vista o crescimento da população idosa brasileira, o que aumenta a demanda de trabalhos de assistência para esse grupo social. Mais especificamente em São Gonçalo e no seu município vizinho, Niterói, existem muitas instituições de longa permanência, influenciando mais ainda a procura por essa qualificação. Contudo, ele acredita que o valor desse curso vai além do aumento da escolarização, mas está também no fortalecimento da missão institucional, prevista pelo estatuto do IFRJ.

Baixa evasão – A primeira turma do curso FIC de Cuidador de Idoso Integrado ao Ensino Médio se tornou a turma com menor índice de evasão escolar da EJA no IFRJ, segundo dados na Plataforma Nilo Peçanha. Sobre esse resultado, Anderson comentou: “Ver a primeira turma se formando depois de todas essas lutas para implementação do primeiro curso EJA do campus é razão de muita alegria, emoção e, sobretudo, de fortalecimento da ideia fulcral das Escolas Técnicas desde a época de Nilo Peçanha”.

O estudante Victor Marques, que foi orador da turma na cerimônia de formatura, contou como foi a experiência de concluir o curso: “A minha experiência nesse curso me mostrou, a cada dia, que eu tomei a decisão certa em terminar meus estudos em uma escola que é referência em tantas outras modalidades, e eu só tive a dimensão disso depois que participei da primeira aula. Além de concluir o ensino médio, eu agora tenho uma formação e qualificação profissional. Aprendi dentro do curso uma variedade de serviços que posso prestar como cuidador. Aprendemos muito, não somente sobre a área de cuidador de idosos, mas também sobre terapias, primeiros socorros, anatomia, etc. Incrível ter um curso onde você aprende sobre as mais diversas áreas, se alimenta de cultura, conhecimento e técnica e é tão bem acolhido. Que venham mais alunos e futuros cuidadores de idosos! Grato pela experiência”.

O atual coordenador do curso, o professor André Valente, lembrou como foi emocionante ver o progresso deles ao longo dos anos, além de observar todo o planejamento pedagógico sendo executado em um curso até então desconhecido no campus: “Ver o progresso dos estudantes é emocionante. Chegaram aqui com pouca autoconfiança, com uma baixa autoestima e, aos poucos, aprenderam e se desenvolveram, e chegaram ao fim após dois anos. É uma realização nossa, não apenas profissional, como também pessoal. A gente investiu não só a nossa carga horária, mas a nossa energia como ser humano nesse processo”, afirmou.

Colaboração: Ewerton Fagundes 

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