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Internacionalização para gestores e Observatório de Egressos movimentam Conif

Representantes do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), se reuniram hoje, 5 de outubro, no Museu do Amanhã, para dar prosseguimento à 127º Reunião Extraordinária do Conif. 

Logo no início dos trabalhos a pauta girou em torno do programa "Internacionalização para gestores (TIGREVET)", fruto de uma parceria com o Instituto Politécnico do Porto - IPP-PORTUGAL. O relator Jadir Pela, reitor do Instituto Federal do Espírito Santo, lembrou que a pauta da formação de gestores é antiga, e a necessidade de internacionalização dessa capacitação é de uma relevância cada vez mais necessária e evidente.

professor Carlos Ramos na mesa do evento

Carlos Ramos, Pró-Presidente do IPP, explicou em detalhes a colaboração entre o Instituto Politécnico do Porto e a Rede dos Institutos Federais do Brasil, com uma proposta de formação de gestores dos Institutos Federais na área da Internacionalização. "A internacionalização está inserida em todos os aspectos importantes da Educação, torna-se uma necessidade em um mundo que se relaciona de modo cada vez mais rápido e colaborativo", disse.

O convidado falou sobre o desenvolvimento dos projetos e programas que vem sendo desenvolvidos pelo IPP, ressaltando a ligação necessária entre a internacionalização e a empregabilidade, com a pesquisa, inovação e empreendedorismo, e o incentivo nas parcerias fora da Europa. Ramos citou o projeto de pesquisa- internacionalização, PROPICIE, feito em parceria com o Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), que em 17 edições do Programa já levou 150 alunos para o IPP.  Também falou sobre o Lapassion, projeto criado pelo próprio professor Carlos Ramos, que inicialmente teve como parceiros instituições de seis países: Chile, Espanha, Finlândia, Portugal, Uruguai e cinco Institutos Federais brasileiros.  

A respeito da formação de gestores, Ramos disse que já ocorreu uma primeira conversa com a SETEC e que o modelo de financiamento ainda está sendo estudado. A ideia inicial é a de formação de duas turmas, com 40 gestores cada, um programa de duas semanas em 2024. "Serão cinco módulos, e nessa capacitação vamos focar muito em nossa experiência na Europa, mas também usarmos a relação com o Brasil", explicou.

Gorette Madreiro na mesa do evento, ao fundo uma imagem sobre a IA

Em seguida, a professora Gorette Marreiros falou sobre Inteligência Artificial Generativa, abordando a rápida evolução da tecnologia nessa área, e da necessidade de a Educação se capacitar para entender e trabalhar melhor tudo que essa conquista tem a oferecer. "Temos que estar preparados, a IA é uma realidade que nos cerca, e em Portugal, nosso entendimento é de que ela deve estar disponível a todos".  A docente acredita que a resistência, a surpresa com as capacidades de um chat GPT, por exemplo, é algo passageiro, uma questão de adaptação, como foi a transição de uma máquina de escrever para um computador. "Trata-se, a meu ver, de um novo conjunto de ferramentas,como o office, que vamos incluir em nosso dia a dia". Ao finalizar sua apresentação, a professora comentou uma proposta de colaboração com o Conif e os Institutos Federais na área da IA, um projeto denominado Erasmus Capacity Building, orientado para o impacto da IA no emprego e na formação profissional e superior.

Outro assunto que movimentou os reitores foi a apresentação do Observatório de Egressos no mundo do trabalho, que foi apresentado pelo relator Carlos César, reitor do Instituto Federal do Maranhão (IFMA) e teve participação de Marcelo Bregagnoli, diretor de Desenvolvimento da Rede Federal. 

Imagem mostra uma visão da sala com as cadeiras ocupadas e ao fundo a mesa de debate

Carlos César começou sua fala fazendo alusão a uma reunião feita em abril de 2023, no Maranhão, em que foi apresentada uma proposta para o pleno, para uma conversa com a SETEC, a fim de que fosse possível avançar na construção dessa ferramenta. "E hoje, já podemos apresentar aqui um pouco dessa proposta, para abordarmos o que acontece no processo de inserção ocupacional de nosso egressos". A ideia é que a Plataforma se estenda para toda a rede.

O reitor do IFMA disse que o propósito é abordar questões fundamentais,que ajudam a entender algo que precisa ser quantificado: a inserção ocupacional no mundo do trabalho, a partir de bases oficiais do governo federal; uma análise estruturada do impacto dos egressos nas questões de empreendedorismo, "Pois queremos saber quanto isso está injetando na economia local. E estudar o modelo de verticalização, para termos noção de todo o espectro de possibilidades que acontecem com nossos egressos". Carlos César disse que dessa forma, através de dados reais, é possível criar outro entendimento sobre a importância da Rede Federal na formação dos profissionais, para além da quantidade de alunos matriculados, e apresentá-los sempre que for necessário. 

Marcelo Bregagnoli enfatizou que a proposta não é um projeto e sim um Programa, que permite visualizar, por exemplo, a verticalização, muitas vezes não compreendida ou não interpretada corretamente. "Temos alunos que entram em determinado curso e às vezes saem em outro, isso é uma forma de dar às pessoas a oportunidade de se qualificarem em áreas diversas". 

Em seguida foi apresentado um painel com dados do Maranhão. A mostra de 17 mil egressos do IFMA, uma taxa de 36,95%, revela que os estudantes estão no mercado formal de trabalho. Injetam na economia local 230 milhões por ano com seus empregos e representam retorno direto do investimento na área da Educação.  

A Plataforma traz uma série de detalhes que ajudam a entender de maneira objetiva uma realidade mais abrangente sobre os egressos. Pontos como Indicadores de Empregabilidade, possuem opções de de consulta relativas à ocupação por curso, atributo, tipologia ocupacional e regionalização. É possivel acompanhar a taxa de ocupação na modalidade presencial e também em Educação a Distância, por turno e por rendimento acadêmico. "Através dos dados conferimos se os alunos que tem maior rendimento acadêmico são mesmo os que mais se empregam, e onde isso acontece, se num raio de 30km ou não", explica Carlos César. Nos indicadores de Empregabilidade, os dados revelam se os egressos estão no setor privado ou público, e, ainda, o percentual de absorção ocupacional dos egressos por raio de atuação profissional em relação ao campus de formação.  

Após o almoço será realizada a reunião SETEC-MEC. Com encerramento previsto para as 16h30min.

 

 

 

 

 

 

 

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