Projeto LudoCiência ganha reconhecimento internacional

O projeto LudoCiência, desenvolvido pelo Campus Volta Redonda, agora faz parte da Rede Internacional de Extensão Universitária (RIEU). Coordenado pelo professor Marco Pacheco, o projeto tem por finalidade o desenvolvimento de material didátiico lúdico ou brinquedos ciêntíficos, de modo a despertar a curiosidade para a ciência no público geral e também ser utilizado pelo professor dentro de sala de aula. 

A adesão à Rede Internacional de Extensão Universitária (RIEU) vai permitir a troca de experiências e saberes entre os pesquisadores e extensionistas das instituições parceiras, além de gerar colaborações para ampliar e potencializar o projeto. Além disso, a participação na RIEU facilitará com que os produtos desenvolvidos possam alcançar mais pessoas interessadas no tema. 

De acordo com o docente, a impressão tridimensional (3D) e a tecnologia de corte de alta precisão (CNC) tem o potencial de revolucionar o desenvolvimento e a fabricação de material didático. O ensino de ciências baseia-se cada vez mais na aplicação de recursos pedagógicos para facilitar a formação e apropriação do conhecimento pelos alunos. Os novos laboratórios de prototipagem podem contribuir diretamente com a prática docente produzindo material didático que possa ser utilizado na sala de aula pelo professor ou manipulado diretamente pelos estudantes. A ludicidade dos materiais didáticos os torna atraentes para todo o tipo de público, independente de faixa etária, aproximando a todos de conceitos de ciências e artes. 

Pacheco explica que esta é uma etapa inicial do trabalho e conta com a colaboração dos professores Andrey Dione e Ayrton Costa e do estudante bolsista (CNPq) do curso de licenciatura em física Daniel Martins. Já está preparada uma oficina de construção de caleidoscópios a ser realizada no mês de outubro. O projeto foi desenvolvido com o apoio do IFMaker Oficina Criativa Sul Fluminense. A expectativa do coordenador é a de que em breve seja possível ter novos colaboradores no projeto, seja contribuindo com o desenvolvimento de novos materiais como também replicando os modelos já desenvolvidos no entorno da área de atuação das diversas instituições que compõem a RIEU.

Sobre o futuro, o professor diz que com os equipamentos de prototipagem tornando-se cada vez mais acessível, seja nas instituições de ensino e pesquisa, laboratórios públicos ou mesmo serviços privados de impressão 3D e corte de alta precisão, uma etapa posterior deste projeto consiste na criação de um repositório de modelos 3D dedicado à educação.

Colaboradores de todo o mundo poderão alimentar o sistema com os arquivos de seus modelos, adicionando descrição, fotos e vídeos do produto impresso, orientações de uso e planos de aula. Um repositório dedicado a objetos de aprendizagem permitiria a qualquer pessoa interessada, em especial os professores, replicar o produto de interesse em qualquer parte do mundo.