Novembro Negro 2022

O IFRJ Campus São Gonçalo realizou o Novembro Negro 2022: Epistemologia Decolonial, Relações Étnicos Raciais e Cultura Afro Brasileira e Indígena, evento comemorativo ao Dia Nacional da Consciência Negra, 20 de novembro, que faz menção à morte de Zumbi dos Palmares, conhecido líder do quilombo dos Palmares.
De acordo com o organizadores, o mês de novembro tornou-se referência para atividades que inspiram a luta e a resistência do povo negro contra a discriminação, o racismo estrutural e o genocídio da população negra.
O evento contou com 05 atividades propostas por servidores e alunas do campus. Foram elas:
a) Avaliação da Política de Cotas do IFRJ São Gonçalo: uma análise. A atividade, proposta pela diretora de Pesquisa, Extensão e Assistência Estudantil, Rita de Cássia Rissi, foi realizada nos turnos da tarde e da noite no dia 09 de novembro. A roda de conversa provocou o debate sobre a temática das cotas raciais com os estudantes do IFRJ/Campus São Gonçalo, além de trazer à tona as experiências dos estudantes com o racismo cotidiano e sua relação com a educação. A atividade contou com a presença de Maria Aparecida Miranda, Assistente Social do quadro de servidores do IFRJ - Campus Rio de Janeiro.
b) Flecha no Alvo: estratégias de enfrentamento às violências raciais. Realizada em 23 de novembro, a atividade foi ministrada por Natália da Matta, discente do curso de pós-graduação em Ensino de Histórias e Culturas Africanas e Afro-brasileiras do IFRJ São Gonçalo. A palestra apresentou um panorama geral do que se entende atualmente por violência racial, a partir de uma perspectiva decolonial, levando em conta as diversas formas de violência racial na sociedade, e focando nos impactos psíquicos do racismo e como é possível enfrentar os entraves impostos pela colonialidade e pela branquitude.
c) Educação antirracista e pertencimento, precisamos falar sobre isso. Realizada em 25 de novembro, a atividade foi ministrada por Gabriela Pereira Braz, discente do curso de pós-graduação em Ensino de Histórias e Culturas Africanas e Afro-Brasileiras do IFRJ São Gonçalo. A roda de conversa abordou a Educação Antirracista como enfrentamento ao padrão hegemônico de conhecimento e que se estrutura a partir de ações de respeito as diferenças, no combate ao racismo e essencialmente na disseminação das Histórias e Culturas Africanas e Afro-brasileiras junto a população, qual perpassa a participação das famílias e sociedade como um todo.
d) X JORNADA ACADÊMICA DO NEABI. Realizada em 30 de novembro, a Jornada realizou sua 10ª edição com apresentações de pesquisas e experiências pedagógicas no âmbito das relações étnico-raciais de alunos do curso de especialização em Ensino de Histórias e Culturas Africanas e Afro-brasileira e de participantes da comunidade externa.
A Jornada foi organizada pelos professores Ivan Pimentel, Janaína Oliveira e Marcela Manequini, integrantes do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI).
e) Oficina de Geograffiti: Finalizando o Novembro Negro, foi realizada no dia 01 de dezembro, organizada pelo NEABI. A oficina de Geograffiti buscou disseminar outras narrativas, fugindo das narrativas hegemônicas, sobre a arte do Graffiti e do Pixo. Com isso, foi realizada uma roda de conversa com alunos, trabalhadores do colégio e público externo sobre os conceitos de Graffiti e Pixo, sua utilização no decorrer da história e, em seguida, um debate sobre as formas de se perceber essa arte na paisagem urbana e como ela é vista pela sociedade. Recebemos como convidados no evento a arte-educadora Thaysa, cria da baixada fluminense e o estudante de ciências pela UERJ e Felipe Souza, estudante de Geografia pela UERJ e cria do Conjunto de Favelas do Chapadão.
Segundo Maíra Carrera, coordenadora de Extensão do campus, “o evento foi um sucesso e possibilitou a integração entre diversos segmentos do campus e a comunidade externa. O Novembro Negro é uma referência, um momento de extrema importância para estimular reflexões e ações antirracistas no espaço escolar, nos âmbitos do ensino, da pesquisa e da extensão, além de valorizar as produções científicas realizadas pelos nossos servidores e estudantes, dentro da área das relações étnico-raciais”.