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Polos Olímpicos na Rede Federal

O palestrante Éder Sacconi, diretor da Agência de Inovação do IFSP, falou, na tarde do dia 05/06, sobre a chamada para Polos Olímpicos na Rede Federal. Os Polos Olímpicos são centros de treinamento intensivos em qualquer área do conhecimento. 

“O edital que a gente vai abrir vai contemplar alguns polos para que eles sejam polos de referência para quem quiser promover qualquer tipo de competição dentro da sua cidade. Podem ser competições técnicas, científicas, de qualquer área do conhecimento. Teremos esse movimento de fomentar essas atividades por um ano e esses projetos depois vão começar a trabalhar o entorno e tornar esse centro uma referência naquela área do conhecimento”, explicou Éder.

Ainda segundo o palestrante, usando toda a capilaridade da Rede Federal, pretendem que esses polos estejam dispersos por todos os estados. “É um programa que estará, em sua primeira fase, num modelo experimental, e temos mais perguntas do que respostas por enquanto, pois esperamos que cada uma das áreas do conhecimento que propuserem a criação desses polos possam gerar tecnologia, aplicação do conhecimento, replicabilidade daquilo que elas fazem e conquistem esse desempenho”, disse.

O diretor da Agência de Inovação do IFSP apresentou alguns casos de experiências inspiradoras que já desenvolvem projetos como esse. É o caso do POTI - Polos Olímpicos de Treinamento Intensivo do IMPA - Instituto de Matemática Pura e Aplicada, que é destinado para cursos de Treinamento Intensivo voltados para competições de matemática. A finalidade principal dessa iniciativa é melhorar o desempenho dos alunos brasileiros nas olimpíadas OBMEP e OBM através do financiamento de aulas presenciais em Polos que apresentem demanda e estrutura adequada para tal. Além disso, o programa produz e disponibiliza gratuitamente material didático (videoaulas, material teórico, listas de problemas) disponibilizadas no Portal do POTI.

Outro ponto importante abordado na palestra foram as expectativas para cada polo: “Esperamos que sejam polos que nasçam com pelo menos mais de um IF, não sejam de um único IF sozinho. Que ele possa oferecer essa integração, fortalecendo e complementando áreas afins dentro de mais de uma instituição. E que isso seja replicado: aquele professor envolvido na área da educação que queira replicar esse seu modelo em outro lugar, ele possa ter condições e um caminho pré-estabelecido para isso. E também o que chamamos de movimento de engajamento, em que aconteçam ‘aulões’ motivacionais para contar e trazer novidades mais para o final da competição”, explicou, dizendo ainda que cada área de conhecimento será livre para propor o que vai acontecer dentro desses polos. “O conteúdo precisa ser bem trabalhado, precisa ter um conteúdo digital para um perfil mais atual, precisa ter uma melhor condição de difusão desse conhecimento com uma cadeia mais lógica aplicada, mas cada área do conhecimento tem as suas tecnologias e dentro de cada uma dessas tecnologias, cada um tem mais condições de falar o que faz sentido ou não”, completou Éder.

Serão cinco polos contemplados para competições distintas na chamada, que receberão, inicialmente, R$ 120 mil cada. Cada polo pode ter um mix de áreas afins. Foi reservado, ainda R$ 60 mil para cada uma dessas cinco equipes participarem das competições se forem classificadas, principalmente no exterior. 

Pensando no espírito da colaboração entre a Rede Federal, Éder destacou que o IFCE já tem uma plataforma de gestão de olimpíadas, de treinamentos e simulados. “Neste momento, a ideia é utilizar essa plataforma e evoluir ela para fazer coisas que a gente ache importante. Por exemplo, ela tem um sistema de notificações push que avisa ao teamleader que as inscrições para as competições estão abertas, o que facilita não ter que ficar pesquisando em cada site”, contou.

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