Realizada a primeira defesa de doutorado do IFRJ
A primeira defesa de tese de doutorado do IFRJ foi realizada na última segunda-feira, 04/10/2021. Intitulada "Investigação de moduladores pró e anti-apoptóticos no decorrer da infecção por Trypanosoma cruzi e Leishmania amazonensis", é de autoria de Michelle de Oliveira Chain, sob orientação do Prof. Luiz Dione Barbosa de Melo, para o Programa de Pós-Graduação Multicêntrico em Bioquímica e Biologia Molecular (PMBqBM) do Campus Rio de Janeiro (CRJ).
Na tese defendida, foi analisada a resposta da célula hospedeira quando infectada pelo Trypanosoma cruzi e Leishmania amazonensis, que provocam a doença de Chagas e leishmaniose no Brasil, respectivamente. A autora demonstrou uma atuação da proteína Galectina-3 mediando eventos necessários à subversão da morte celular e consequente sucesso da infecção por esses parasitos, demonstrando que T. cruzi e L. amazonensis se apropriam das vias de sinalização da célula hospedeira, regulando positivamente as funções da Galectina-3 relacionadas à sobrevivência e inibição da apoptose, garantindo assim o sucesso da infecção por esses patógenos. Michelle de Oliveira Chain foi arguida pela banca examinadora, composta pelos membros externos Cláudio Vieira da Silva (UFU), Ulisses Gazos Lopes (IBCCF/UFRJ) e Turan Peter Urmenyi (IBCCF/UFRJ), e, como membro interno e presidente da banca, Joanna Reis Santos de Oliveira (IFRJ).
O PMBqBM foi aprovado pela CAPES em 2013 (conceito 4, para os níveis de mestrado e doutorado) em parceria com Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular (SBBq), e hoje é formado por uma rede nacional que engloba 15 instituições associadas. As primeiras matrículas no IFRJ aconteceram em 2015, seleção em que Michelle, egressa do Bacharelado em Ciências Biológicas (Biotecnologia) do IFRJ, foi aprovada para o mestrado.
O PMBqBM do IFRJ já titulou 11 mestres, e, atualmente, conta com 8 docentes credenciados. Todos os discentes matriculados têm, e os egressos tiveram, bolsas de estudo fomentadas pela FAPERJ. A produção qualificada do programa se revela, no quadriênio 2017-2020, somando o ano de 2021, em 48 artigos, dos quais 42% encontram-se publicados em periódicos com Qualis A1 na área de Ciências Biológicas II, e 27%, com Qualis A2, isso em uma das áreas mais caras para o desenvolvimento de pesquisa de qualidade no país.
Esse histórico e esses dados foram destacados, na abertura da sessão de defesa, pelo atual coordenador, professor Luiz Dione Barbosa de Melo: "Acredito que na Avaliação Quadrienal 2021, nosso programa alcançará a nota 5 na CAPES e, por isso, gostaria de lembrar e agradecer, pensando nesses seis anos de funcionamento do PMBqBM do IFRJ, aos docentes que já estiveram credenciados - Ana Claudia Tessis, Márcio Loureiro e Otacílio Moreira -, aos pró-reitores Marcos Tadeu Couto, Mira Wengert e Rodney Albuquerque, ao professor Marcelo Alex de Carvalho, que esteve à frente da coordenação até o final de 2017, e aos atuais gestores do IFRJ que estão aqui presentes", disse.
A sessão contou com a presença e fala reitor do IFRJ, Rafael Almada; do pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação (PROPPI), Marcus Vinicius Pereira; e da diretora de Extensão, Pesquisa, Pós-graduação e Inovação do Campus Rio de Janeiro (DEPPI/CRJ), Sheila Albert dos Reis, que parabenizaram o corpo docente e discente do PMBqBM, em especial a futura primeira doutora formada pelo IFRJ, Michelle de Oliveira Chain, consagrando a verticalização do ensino na área de Biotecnologia. O pró-reitor destacou, ainda, a importância de ter sido aprovado, no CAPOG, o Regulamento do Estágio de Pós-doutorado, que visa proporcionar o fortalecimento da pesquisa, inovação e pós-graduação no IFRJ. O regulamento agora aguarda aprovação pelo Conselho Superior.
Também estiveram presentes o diretor-geral do Campus Rio de Janeiro, Jefferson Robson Amorim, e, pela PROPPI, a diretora de Pós-graduação e Pesquisa, Marcia Cristina da Silva, e a coordenadora-geral de Pós-graduação, Isabel Scrivano.