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Reitoria dialoga com comissão de estudantes e servidores sobre edital do Programa de Auxílio Permanência

Uma comissão de representantes dos estudantes e do Sindicato dos Trabalhadores do IFRJ (SINTIFRJ) se reuniu com representantes da Reitoria na tarde da última terça-feira, 09/05, para debaterem as questões e demandas relacionadas ao edital sistêmico nº 14/2023, relativo ao Programa de Auxílio Permanência da Assistência Estudantil.

Estiveram presentes alunos representantes dos campi: Rio de Janeiro, Belford Roxo, Eng. Paulo de Frontin, Paracambi, Pinheiral, Arraial do Cabo, da Associação dos Estudantes Secundaristas do Rio de Janeiro (AERJ), da Federação Nacional dos Estudantes em Ensino Técnico (FENET), da Associação Municipal dos Estudantes Secundaristas do Rio (AMES Rio) e do SINTIFRJ. Representando a Reitoria, participaram o diretor Executivo, Luiz Fernando Caldas; a pró-reitora de Extensão, Ana Luísa Soares; o diretor de Extensão Comunitária e Tecnológica, Julio Page; a diretora de de Assistência Estudantil, Edméa Teixeira; e Jane Kellen Esteves, da Coordenação da Rede de Assistência Estudantil. Também estiveram presentes o diretor de de Articulação Institucional, Aldembar Sarmento e integrantes da comunicação do IFRJ e do SINTIFRJ.

O diretor Executivo da Reitoria, Luiz Fernando Caldas, abriu a reunião dizendo que a Reitoria entendia a situação e que queriam ouvir os representantes presentes. ”Queremos ouvir suas demandas e ponderações, para depois darmos tratamento às solicitações de vocês, dentro das possibilidades", afirmou.

A reunião foi dividida em três momentos: o de ouvir as demandas, o de dar esclarecimentos a partir das questões levantadas e o de seguir para as definições.

No primeiro momento, cada um dos representantes dos estudantes, associações e sindicato teve um tempo de fala para exporem suas dúvidas e demandas. Os estudantes afirmaram que essa manifestação organizada por eles de marcha do campus Rio de Janeiro até a Reitoria foi um ato pacífico na tentativa de serem escutados. Questionaram os critérios escolhidos para definir os contemplados no edital e se queixaram dos problemas na organização e na execução das inscrições. Disseram que sentiam uma falta de comunicação entre a reitoria e os campi. Destacaram, ainda, que a realidade de alguns campi, como os de área rural, dificultam as oportunidades de trabalho para quem não consegue o auxílio do Instituto. Enfatizaram que os auxílios não são o suficiente para cobrir os custos com alimentação, passagem etc, mas que muitos dependem desse complemento para conseguirem estudar. Alguns defenderam que o edital deveria ser cancelado, tendo em vista os problemas técnicos que aconteceram.

Após suas ponderações, os representantes da Reitoria começaram seus esclarecimentos. Afirmaram que o edital não seria cancelado, pois isso acarretaria em mais demora no processo e, consequentemente, no pagamento dos auxílios. Reconheceram que houve problemas técnicos com os formulários de inscrição e que, por isso, algumas inscrições foram indeferidas, pois os formulários chegaram em branco. Mas enfatizaram que nesta próxima etapa, os campi farão o acompanhamento dos casos e que, caso julguem necessário, poderão alterar a situação de alguns alunos e conceder o auxílio após análise.

Luiz Fernando Caldas disse que a Reitoria, a partir do momento em que o movimento foi deflagrado nas redes sociais, se preparou para receber os alunos da forma mais digna possível. “Dialogamos com os alunos para que eles montassem uma comissão. Essa comissão foi montada e eles foram atendidos. Colocaram todos os seus questionamentos em relação ao edital. Após nosso diálogo, o que ficou acordado é que o Conselho Superior do IFRJ viabilizará a criação de um Grupo de Trabalho (GT) para fazer uma revisão do edital para o segundo semestre de 2023, com a participação dos alunos e da representação sindical também. E mais uma coisa que eles pediram foi que, durante esse processo de avaliação das inscrições, que vai ser realizado pelos campi, que a Reitoria crie um plano emergencial para ajudar os campi a tocarem esse processo de uma maneira mais rápida”, explicou o diretor Executivo. 

A pró-reitora de Extensão considerou a reunião muito importante e disse que, independente da situação, é preciso haver escuta. “Foi muito importante recebermos essa comissão que representa os estudantes. Têm coisas que a gente pôde expor sobre processos e diferenças, sobre cada realidade de cada campus. Essas diferenças são para o bem e para o mal: para o bem porque têm especificidades em cada campus, mas para o mal porque os estudantes e nós também, muitas vezes, temos dificuldade de enxergar as dificuldades e as vantagens de um campus para o outro. O processo sistêmico trata um estudante do IFRJ como ‘o estudante do IFRJ'. Mesmo que reconheçamos que é importante o olhar do campus, por isso essa fase de avaliação que está sendo feita agora no monitoramento é tão importante, a gente não pode ter estudantes de campi diferentes recebendo cinco vezes ou mais do que um outro de um determinado campus. Ou que o auxílio não seja usado para o mesmo fim: às vezes era usado para monitoria, para outras finalidades. E a prioridade, na nossa opinião, é o auxílio permanência. Essa verba tem que ser destinada para o auxílio permanência, de uma forma preponderante”, destacou Ana Luísa. 

Ela pontuou ainda que o edital sistêmico é um processo novo e traz mudanças estruturais. “E essas mudanças estruturais são sempre muito difíceis de serem assimiladas. É um momento difícil, é um momento em que estamos passando por essa turbulência, mas acho que a gente vai sair melhor, porque vamos sair fortalecidos, vamos sair mais esclarecidos, vamos aprender com esse percurso. Teve uma ideia excelente que eles trouxeram, da criação de um GT para avaliarmos o processo do segundo semestre, então eu estou esperançosa de que a gente vai conseguir corrigir esse percurso e lançar um edital de segundo semestre aprimorado e muito melhor”, finalizou.

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