CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS - CONARQ
O CONARQ foi criado pela Lei Nº 8.159/91, é um órgão colegiado, vinculado ao Arquivo Nacional do Ministério da Justiça, cuja finalidade é definir a política nacional de arquivos públicos e privados e prestar orientação normativa acerca da gestão de documentos arquivísticos e demais assuntos que envolvam os documentos de arquivo. Além disso, o CONARQ é o órgão central do Sistema Nacional de Arquivos - SINAR, do qual o IFRJ é integrante por ser uma autarquia no âmbito do Executivo Federal.
O CONARQ aprovou o Código de classificação e Tabela de temporalidade de documentos da atividade-meio em 2001, para ser usado pela Administração Pública, por meio da Resolução Nº14/11. E para a atividade-fim do IFRJ, começou a vigorar em 2013 o Código de Classificação e a Tabela de Temporalidade das Instituições Federais de Ensino Superior - IFES, de acordo com a Portaria MEC Nº 1.261/2013 que determina o uso obrigatório nas IFES.
PARA QUE SERVEM O CÓDIGO E A TABELA CONARQ?
São instrumentos essenciais à organização dos documentos de arquivo promovendo o acesso, o controle e a racionalização das informações contidas nos documentos. O que são os documentos de arquivo ou os documentos arquivísticos? Todos os documentos produzidos e recebidos no exercício das funções e das atividades do IFRJ são documentos arquivísticos e portanto, são também documentos públicos que apoiam a tomada de decisões, o planejamento, a continuidade e a celeridade das ações administrativas do IFRJ e em última instância, servem de subsídio para a memória institucional. Cabe ressaltar que quando nos referimos a todos os documentos produzidos e recebidos, estamos dizendo que esses documentos podem ser eletrônicos/digitais, em papel, e-mail, audiovisuais, iconográficos, cartográficos, entre outros.
No IFRJ produzimos documentos que tratam de asssuntos sobre pessoal, material, orçamento, finanças, curso técnico, graduação, entre outros. E para cada documento ou processo há um Código CONARQ corresponte de acordo com o assunto a que se refere. Daremos alguns exemplos:
TIPO DE DOCUMENTO |
ASSUNTO PRINCIPAL |
ATIDADE-MEIO OU FIM |
CLASSIFICAR COM O CÓDIGO CONARQ |
Processo para comprar material de consumo |
Compra material de consumo |
Atividade-meio |
033.2 Material de consumo |
Ofício tratando de uma cessão |
Cessão |
Atividade-meio |
023.15 Requisição. Cessão |
Memorando tratando de alteração de férias |
Férias |
Atividade-meio |
024.2 Férias |
Folha de ponto do servidor ou estagiário |
Folha de ponto |
Atividade-meio |
029.11 Controle de freqüência |
Grade curricular do Curso de Engenharia |
Grade curricular do Ensino Superior |
Atividade-fim |
122.1 Estrutura do currículo (grade ou matriz curricular) |
Edital do processo de seleção do Mestrado Profissional em Ensino de Ciências |
Seleção da pós-graduação stricto sensu |
Atividade-fim |
134.11 Processo de seleção |
Processo com pedido de diploma do curso Técnico em Produção de Moda |
Emissão de diploma do curso Técnico |
Atividade-fim |
456.421 Expedição |
Portanto, o Código CONARQ atribui um código para o assunto principal que está sendo tratado no documento ou no processo. Os códigos estão agrupados na Tabela do CONARQ e a tabela tem por finalidade definir a temporalidade dos documentos, ou seja, vai definir se precisa eliminar ou guardar de forma temporária ou permanente e por quanto tempo se deve guardar um documento. E para saber em qual tabela procurar o código, precisamos saber se o assunto trata da Atividade-fim ou atividade-meio.
Reiteramos que, eliminar documento público arbitrariamente é crime! Somente a Comissão Permanente de Avaliação de Documentos do IFRJ (CPADIFRJ) pode aprovar a listagem de eliminação de documentos do IFRJ, o Reitor deve homologá-la e o Arquivo Nacional aprova ou não a eliminação.
COMO USAR O CÓDIGO E A TABELA CONARQ?
Em primeiro lugar é preciso saber que o código é organizado por assunto e para enteder a lógica de organização é preciso saber que os assuntos que são categorizados sempre do geral para o particular. Então, primeiro tem a classe mais abrangente, depois divide-se a classe em subclasse, essa é dividida em grupo e subgrupo. Depois é preciso saber se o assunto principal do documento, memorando ou processo refere-se a atividade-meio ou a atividade-fim. Por fim , é preciso consultar o instrumento ao qual o documento se refere:
Atividade-meio |
O Código e a Tabela CONARQ estão agrupados num só documento |
Atividade-fim |
|
Vamos exemplicar, como classificar um processo que trata de Periculosidade? Por se tratar de um assunto de pessoal, devemos buscar na tabela da atividade-meio:
Classe |
020 PESSOAL |
Subclasse |
024 Direitos, Obrigações e vantagens |
Grupo |
024.1 Folhas de pagamento. Fichas financeiras |
Subgrupo |
024.13 Adicionais |
Subgrupo |
024.133 Periculosidade |
E qual a temporalidade desse processo de periculosidade? Na tabela há a seguinte informação:
Assunto |
Prazos de Guarda |
Destinação Final |
|
Fase Corrente |
Fase intermediária |
||
024.133 Periculosidade |
5 anos |
47 anos |
Eliminação |
POR QUE USAR O CÓDIGO CONARQ NO MEMORANDO E PROCESSO ELETRÔNICO NO IFRJ?
Ressaltamos que o Código CONARQ é de uso obrigatório na Administração Pública. Com a criação da Coordenação Geral de Arquivos (CGARQ) foi identificado que os documentos produzidos não eram classificados na origem, conforme preconiza a legislação e a teoria arquivística. Por esse motivo, a CGARQ definiu junto à gestão administrativa do IFRJ que fosse obrigatório classificar os memorandos e os processos eletrônicos criados no SIPAC com o Código CONARQ, conforme prevê a Portaria IFRJ Nº 002/2018.
No caso dos processos, há uma planilha para auxiliar as Unidades Protocolizadoras no momento de abertura. Cada processo tem o seu respectivo código CONARQ, clique aqui para acessar.